quinta-feira, 14 de novembro de 2024

VÓ NENA E OS CAÇADORES: SAMUEL E O CAFÉ COM A EX

 


            Sexta-feira e a propriedade de Vó Nena, no início da zona rural de Boa Graça, cidadezinha no interior de São Paulo conhecida pelo folclore e lendas urbanas, estava silenciosa.

            A Caçadora, dirigindo seu Fusca Azul, fora visitar amigos em uma comunidade próxima dali. No terreiro desta, no dia seguinte, seria realizada uma celebração ecumênica e a ajuda dela havia sido requisitada pelos amigos.

            Daniel, seu neto mais velho, saíra com a namorada, Tatiana, com o Dodge Charger branco que os irmãos dividiam. Samuel, enquanto andava pela propriedade, se sentiu feliz pelo irmão. Havia sido muito bom reencontrar Tati, com quem estudara por boa parte do primeiro e segundo graus. Foi uma surpresa para todos, especialmente para ela própria, quando descobriu sua vidência, e já havia até auxiliado a equipe dos Caçadores em alguns casos.

            Sam, por sua vez, andava desanimado. Ainda sentia o baque do que havia acontecido somente três meses antes, e a solidão o incomodava. Dan e Tati insistiram para que saísse com eles, mas o neto mais jovem de Vó Nena preferira espairecer na oficina montada em um galpão de madeira na propriedade da avó.

            Por fim, acabou chegando á conclusão de que era demais, e que lhe faria bem ver algum movimento. Lembrou-se de um lugar que sempre havia frequentado e decidiu que merecia uma folga.

            Sacou o celular e mandou mensagens para o irmão e a avó. Em seguida entrou na casa, lavou as mãos e o rosto e depois apanhou a chave do Fuscão vermelho, resquício do caso envolvendo o desafortunado George Angelo alguns meses antes. Daniel e Tatiana até já haviam viajado para Brasília com ele, comprovando sua confiabilidade.

            Enquanto manobrava o carro Sam sorriu. As histórias que o irmão e a cunhada contaram, especialmente as que envolviam João, o Caçador amigo deles, foram ótimas. Lembrou-se ainda da recomendação de Vó Nena de jamais tirar as medalhas de Nossa Senhora e de São Jorge do painel do Fuscão, pois suas propriedades sobrenaturais ainda não haviam sido todas descobertas.

            Depois de abrir o grande portão de madeira, sair com o carro, voltar a fechar o portão e retornar ao Fuscão, Samuel seguiu pela estrada de terra até encontrar o asfalto alguns quilômetros adiante. Após um curto trecho de uma estrada secundária de pista simples pegou a bifurcação á direita, seguindo para o centro de Boa Graça.

            Mesmo uma típica cidade do interior como aquela tinha o trânsito um pouco mais pesado na segunda metade da tarde de uma sexta-feira. Mas Samuel não se incomodou, divertindo-se em guiar o Fuscão pelas ruas. Não demorou e estava diante do Café da Clô, uma cafeteria com muitos anos de tradição que resistia à investida das grandes franquias por toda a região.

            Havia uma vaga na frente, e Sam encaixou ali o Fuscão. Depois de descer e trancar o carro entrou na acolhedora cafeteria, apreciando com gosto seu ambiente com muita madeira e móveis antigos, duas estantes com livros e mais duas com produtos típicos incluindo vinhos e cachaças, a maioria produzida na região.




            Clotilde, cujo apelido dava nome ao lugar, veio lhe dar um abraço.

            — Samuel, meu menino! Há quanto tempo não aparecia!

            — Verdade, tempo demais — ele respondeu retribuindo.

            Clô já estava quase nos sessenta, era filha de mãe alemã e pai brasileiro, e tocava o café com os filhos e uma equipe muito dedicada que adorava o que fazia. Olhou novamente para o rapaz e disse:

            — Tão triste o que aconteceu...

            Era nítido que ela queria conversar mais, mas percebendo a nuance de desânimo no olhar dele perguntou:

            — O de sempre?

            Samuel sorriu, deu-lhe outro abraço e respondeu:

            — E tem outro?

            Clô apontou para uma mesa nos fundos, ao lado da porta que abria caminho para o jardim na parte de trás do estabelecimento e que era a preferida de Sam. As memórias emergiram em sua mente, mas ele caminhou resoluto e se acomodou, recordando-se quando se sentava ali em boa companhia.

            Ele havia trazido uma pequena mochila, a pendurou no encosto da cadeira e dela tirou um caderno pequeno e uma caneta. Abriu o volume e pôs seu celular ao lado, inserindo um fone na orelha e pondo para tocar uma música instrumental.

            Agora percebia como aqueles momentos de quietude o ajudavam a pôr as ideias em ordem. Por cima os aromas e texturas da cafeteria proporcionavam um mais que bem vindo sentimento de renovação depois daquele período difícil.

            Clô logo chegou com o pedido de sempre. Um cappuccino grande com canela e chocolate, e uma generosa fatia de bolo floresta negra, de receita tradicional alemã. A mãe dela havia trazido aquela e outras que faziam parte do cardápio da casa, todas adoradas pelos clientes da cafeteria.

            — Deu sorte, querido, o bolo acabou de sair.

            — Você tem toda razão, Clô — respondeu Sam. — Não deveria ter ficado tanto tempo sem vir. Esse aroma...

            Ela sorriu para ele e foi atender mais clientes que chegavam. Samuel ergueu a grande xícara e passou alguns segundos sentindo o aroma da bebida quente. Tomou um gole e fechou os olhos, deliciando-se com o sabor.

            Depois de retornar a xícara ao pires apanhou o garfo e tirou um pedaço do bolo. O sabor tomou sua boca, e ele de novo chegou à conclusão que só poderia compará-lo ao bolo de chocolate que Vó Nena sempre fazia para seu aniversário.

            Samuel sorriu ao pensar, enquanto mastigava o segundo pedaço, que o mais difícil com relação a ambos os doces era se conter, apreciar cada mordida, cada nuance do sabor, e não devorar o bolo inteiro. Era algo que ele havia aprendido com Miriam desde que começaram a namorar. Ele sorriu mais com a lembrança, recordando-se que Daniel ainda era assim, sempre o primeiro a terminar qualquer refeição.

            “Será que Tatiana vai conseguir consertá-lo?” pensou divertido.

            Miriam. Era com ela que costumava frequentar o Café da Clô.

            Samuel fez algumas anotações no caderno, e a intervalos regulares bebia o cappuccino e comia mais um pedaço do bolo. Estava tudo excelente, e ele quase sentia o mesmo gosto de uma época mais recente.




            Minutos depois deixou o garfo sobre o prato vazio e bebeu o último gole da bebida. A ideia de visitar o café dera ótimos resultados, pois o tédio havia desaparecido e ele anotou mais algumas ideias no caderno.

            Eram anotações tanto para o incipiente blog que criara para os casos dos Caçadores como para textos de ficção, principalmente contos, que de vez em quando se arriscava a escrever. Lembrou-se dos três meses de Letras que chegou a cursar em Campinas, antes de decidir trancar e tentar arrumar sua vida em Boa Graça. Muito embora tanto sua mãe quanto Vó Nena dissessem que “caçadas não sustentam ninguém” ele adorava aquela vida, e não pretendia parar.

            Mas fazer alguma outra coisa era uma de suas vontades, e ele apanhou o celular e examinou a caixa de e-mails. Da mensagem que aguardava, e que deveria chegar ainda naquele dia, nada.

            — Esperando alguém?

            A voz o surpreendeu, mas não o alarmou. De fato, de alguma forma já a esperava.

            Largou o celular, fechou o caderno com a caneta dentro e olhou para frente.

            Miriam estava sentada diante dele.




            A mesma Miriam, o mesmo jeito de menininha, usando um vestido floral, os cabelos negros, longos e lisos, virados para o lado e cobrindo um dos ombros.

            — Oi — disse Sam.

            — Oi — ela respondeu.

            Ficou olhando para ela, os doces e grandes olhos castanhos, o rosto delicado exibindo um leve sorriso... tantas lembranças cujo peso Samuel quase conseguia sentir sobre os ombros.

            — Ia perguntar como você está, — comentou ele — mas parece óbvio que bem, né?

            — Estou sim. É bom estar distante de tudo que é ruim e errado no mundo.

            — Espero que eu não esteja incluso nisso.

            Miriam estendeu a mão cobrindo a dele e respondeu:

            — Isso nunca!

            A garota olhou ao redor, o brilho de seu sorriso se intensificou e ela disse:

            — Sempre foi tão bom vir aqui com você, Sam! O jardim dos fundos está lindo!

            Sorriu ainda mais para ele. Samuel retribuiu e a garota perguntou:

            — E você, como está?

            — Não tem acompanhado?

            Novo sorriso. Miriam disse:

            — Só um pouco. Respeito sua privacidade. E meu tempo aqui é curto.

            Samuel pôs a outra mão sobre a mesa, e Miriam a segurou. Ele disse:

            — Tem sido difícil. É claro, a dor não vai embora, acho que nunca irá, mas com o tempo fica mais fácil lidar com ela.

            — Que bom.

            Sam olhou para ela, e a moça percebeu uma sombra em seu olhar. O rapaz disse:

            — É muito duro lembrar de tudo... lembrar dele... aquele desgraçado...

            Fez uma pausa quando sua voz começou a se tornar embargada. Baixou a cabeça e disse:

            — Foi duro demais quando terminamos, Miriam! Nunca sofri tanto na vida. Mas não chegou nem perto do que aconteceu depois...

            Miriam apertou as mãos de Samuel e olhou firmemente para ele.

            — Não faça isso, Sam! Por favor, não se desgaste pensando na injustiça do que aconteceu.

            Ele ergueu o olhar e encarou a garota que tanto havia amado. Ela prosseguiu:

            — Está fora de seu alcance, meu amor, fazer qualquer coisa a respeito. Não se preocupe!

            Desta vez foi na expressão de Miriam que surgiu uma nítida sombra. Ela concluiu:

            — O que aconteceu, aconteceu. De uma forma ou outra a justiça será feita. Todos nós, no final, respondemos por nossos atos.

            Samuel segurou mais forte as mãos de Miriam. Os dois se olharam intensamente. Ela voltou a sorrir, e percebeu os olhos dele marejados.

            — Considere um pedido meu: viva sua vida, Sam. Seja feliz! E não se preocupe, você terá alguém que vai te amar muito.

            — Às vezes é difícil acreditar nisso.

            — Pois acredite. Pode demorar um pouco, mas sei que vocês vão se encontrar.

            — Alguma pista?

            Os dois riram, e Miriam respondeu:

            — Qual seria a graça se eu te dissesse?

            Eles ficaram um bom tempo olhando um para o outro, e finalmente Samuel disse:

            — Então... é adeus?

            Desta vez uma lágrima desceu pelo rosto de Miriam, mas ela não deixava de mostrar aquele sorriso lindo e radiante.

            — Por enquanto sim. Vamos nos ver de novo, claro, mas depois de hoje vai demorar muito.

            — Isso é uma boa ou má notícia?

            Miriam se levantou, veio até ele e o abraçou com carinho. Samuel fechou os olhos sentindo todo o amor dela, e a moça por fim disse:

            — Depende somente de você, meu amor.

            Ela sorriu, o beijou, e se afastou andando de costas.

            — Eu te amo — disse Samuel.

            — Eu sempre vou te amar — respondeu Miriam.

            As formas da moça gradualmente se tornaram transparentes, e ela então entrou em uma luz que se abriu à suas costas.

            O jovem Caçador sentiu uma lágrima teimando em escorrer do olho, enxugou-a, e por instinto viu o celular novamente. Depois se demorou olhando para algum ponto indefinível entre a mesa e o cenário do café.

            A casa estava movimentada. Clô, então, aproximou-se dele, apontou para o fone em seu ouvido e perguntou:

            — A conversa foi boa, querido? Olha que parecia que ela, e espero que fosse ela, estava bem aqui com você, pela sua expressão!

            — Acho que a impressão foi essa mesma — comentou Samuel sorrindo.

            — Vai querer mais alguma coisa?

            Ele pensou um pouco, olhou para ela, e a dona do café respondeu:

            — Outra fatia caprichada de bolo, claro!

            — E uma água com gás também, por favor!

            Sam tirou o fone do ouvido e o guardou na mochila, depois fez mais anotações no caderno lembrando-se das palavras de Miriam. Aquela despedida fora difícil e intensa, mas ele sentia que precisava muito daquele momento. E sentiu-se feliz por ela estar em paz.

            Clô chegou com o segundo pedido, e ele aproveitou o restinho de tarde se deliciando.

            Estava quase anoitecendo quando Samuel foi até o caixa. Clô fez questão de vir abraçá-lo depois.

            — Nem perguntei, e sua avó?

            — Ótima, não para nunca.

            — É bom mesmo — e ela acrescentou baixinho — afinal as assombrações não param também, né?

            Samuel confirmou.

            — E seu irmão que também anda sumido?

            — Agora é ele que está namorando.

            — Pois manda vir aqui!

            — Vou mandar. Obrigado, Clô, foi ótimo.

            Trocaram outro abraço apertado e ela completou:

            — Bom te ver, garoto, volte mais vezes!

            Havia começado uma garoa fina que já molhava tudo, Samuel correu até o Fuscão vermelho, abriu a porta e acomodou-se. Ouviu a notificação do celular antes de fechar a porta, segurou-o e leu o e-mail que havia chegado.

            Dizia: “A BLF Informática tem a satisfação de confirmar sua inscrição para o curso gratuito de Estabilidade e Segurança nas Redes e Navegação Segura, a ser realizado na data de...”.

            Samuel sorriu e guardou o celular. Tinha um mês para se preparar para ir a São Paulo. Ligou o carro e saiu pelo trânsito pensando que sim, iria atender ao pedido de Miriam.

            Seria muito feliz.

 

Vó Nena e os Caçadores retornarão.


            Como fazia tempo que não publicava uma história aqui no blog! Acreditem, também senti falta, mas entre o Táquion FC (leram o artigo do post anterior, né?) e os trabalhos no novo e-book de Vó Nena e os Caçadores, não sobrava muito tempo para pensar em contos menores para cá.

            Sim, conforme já anunciei em meu perfil no Instagram, em 2025 teremos novidades! Já se tornou a mais longa história deste universo, e ainda teremos um epílogo, protagonizado pelo próprio Samuel e por...

            Já anunciei o nome dessa nova personagem no Insta, vão lá!

            Este conto simples mas que foi delicioso de escrever somente não fecha o arco de Miriam porque ainda planejo uma história anterior a ele, que irá apresentar o momento em que os Caçadores conheceram uma bruxa mencionada na história de George Angelo, o prelúdio de O Livro Maldito. E claro que vocês sabem que o Fuscão vermelho era dele. O mesmo Fuscão com que Daniel e Tatiana visitaram Brasília na história da Caveira de Burro.

            Lembrando que, no início de O Livro Maldito, mostramos o que aconteceu com o sujeito responsável pela morte de Miriam.

            Além disso, como puderam ver, este conto cria mais pontes com o universo dos alienígenas de De Roswell a Varginha e Filhas das Estrelas, que por sinal é o mesmo onde atuam os Caçadores! Já existe inclusive um roteiro para o conto que mostrará a visita de Samuel a São Paulo, então aguardem.

            Ainda tenho a ideia de mais um conto natalino (este de outro universo, ou Multiverso...), mas está ainda muito incipiente, e não tenho certeza se será possível escrevê-lo e publicá-lo até o Natal. Tentarei organizar os temas... quem sabe?

            E, se ainda não conhece o universo de fantasia, folclore, terror e lendas urbanas de Vó Nena e os Caçadores, as tags aí abaixo podem ajudá-lo. E também está apresentado o convite para ler também os e-books já publicados:

 


VÓ NENA E OS CAÇADORES: O FUSCA AZUL;

 


VÓ NENA E OS CAÇADORES: O LIVRO MALDITO.

 

            Espero poder encontrá-los aqui pelo blog novamente. Não se esqueça de seguir este humilde escriba: @renatoa.azevedo .

            Até a próxima!

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

O SUCESSO DO TÁQUION


  Fazia um bom tempo que eu pretendia escrever aqui para o blog um texto sobre o Táquion FC. A oportunidade não poderia ser melhor, agora que nossa edição número 6 já se revelou um estrondoso sucesso!

É meu privilégio participar dessa iniciativa ao lado dos amigos Marcelo Bighetti, Ricardo Herdy, Gilson Luis da Cunha, Flávio Medeiros Jr. e Gianpaollo Celli. A ideia surgiu logo após a criação do Clube Brasileiro de Ficção Científica, este um local para divulgarmos e debatermos não somente a FC, mas também a fantasia, o terror, a literatura especulativa de forma geral, incluindo outras mídias, evidentemente..

Nossa revista eletrônica, o Táquion FC, surgiu do desejo de mostrar o que autores talentosos podem produzir sem qualquer tipo de limitação que não seja a imaginação, o talento e a inteligência! Também tínhamos, e temos, o objetivo de profissionalizar a produção literária, a fim de que o mercado olhe para nós, autores da literatura fantástica de modo geral, e não somente nos respeite mas nos dê o espaço que, acreditamos, todos merecemos.

Para cumprir esse objetivo, antes de tudo estabelecemos a única proibição com que trabalhamos: nada de política ou ideologia.

Vejam, não se trata de não aceitar tramas que tenham uma discussão política. O que queremos é priorizar a criação de histórias de qualidade. E, como bem diz um contato nosso no audiovisual, Humberto Rezende: “o mais importante quando se escreve uma história é a P. da história!”.

Sempre gosto de lembrar do exemplo de Star Wars, a Trilogia Clássica dos Episódios IV, V e VI. Existe ali uma mensagem de luta pela liberdade e contra a tirania? Evidentemente que sim! Mas essa mensagem está nas entrelinhas, e nunca, repito, NUNCA ela é mais importante que o desenrolar da história e o desenvolvimento de personagens.

Com a famigerada lacração da tal “cultura woke” é o contrário. “A Mensagem” é o mais importante, deixando tudo mais em segundo, terceiro ou quarto plano. Estão aí vários recentes fiascos de bilheteria, incluindo ainda livros e quadrinhos encalhados nas estantes que não me deixam mentir.

A história dessa grande jornada teve um início, e o contamos nesse vídeo:



Por sinal, quem ainda não for inscrito no canal, aproveite!

Temos realizado lives dentro de várias temáticas. Uma delas é Os Três Livros, na qual um escritor é convidado a descrever um cenário apocalíptico do qual precisa fugir, levando consigo somente três livros de sua estante.

O Marcelo gosta do cenário da Invasão das Joaninhas Mutantes Assassinas! E como anedota, a maioria absoluta de nossos convidados tenta burlar a regra de somente três Livros!

Nossa mais recente convidada foi a autora Regina Drummond, assistam:



É evidente que fazemos questão de também receber os autores publicados em nossas edições! Na série Bate-Papo com Autores Táquion FC conversamos com vários deles, e um dos episódios mais legais foi este:



Também já gravamos o Dias Táquion, do qual o mais recente episódio foi:



E, afinal, por que comentei lá no começo a respeito da edição 6? Porque, caros leitores, como podem conferir na capa (aliás podem clicar abaixo das capas divulgadas neste post do blog que vocês serão conduzidos para as respectivas páginas para fazer o download das edições) essa edição foi um especial dedicado à memória de um de nossos maiores mestres, o Bom Doutor, Isaac Asimov!




Conforme explico no Editorial (sim, este que vos escreve tem o cargo de editor-chefe da publicação, não que eu tenha o poder de mandar alguma coisa, claro), escrever sobre a obra de Asimov já é algo aterrorizante, diante do peso da imensa responsabilidade envolvida. Imaginem então quando a Equipe Taquiônica me propôs escrever uma fanfiction baseada em sua obra!?

Depois de várias considerações, consegui escrever um conto baseado em Fundação e uma outra história do mestre, intitulado Hari, Gaal e o último crepúsculo em Trantor. Espero que gostem!

Para essa edição tão especial, na qual todas as histórias são fanfictions baseadas na obra do Bom Doutor, tivemos o aval e o apoio do Estate of Isaac Asimov, o que muito nos honra!

Aliás, não posso deixar de apresentar alguns posts que autores participantes do Táquion 6 fizeram, e que nos encheram de imensa alegria!


Carlos Kania produziu este vídeo sensacional após divulgarmos os contos selecionados.


Este do George Goldberg ficou absolutamente estupendo!


E Andrezza Agapito, que é a grande vencedora do Prêmio Táquion dessa edição, publicou não somente este teaser de sua história, como também esta leitura da obra de Isaac Asimov que a inspirou.


Amigos, vocês foram ótimos, e ficamos honrados em tê-los na tripulação de nossa nave!

Sim, leram direito, Prêmio Táquion. A cada edição os autores das três melhores histórias o recebem e pretendemos que, ao fim do ano, os melhores entre os melhores concorram ao prêmio anual.

Creio que vale acrescentar aqui que os autores que quiserem participar do Táquion 7, cujo tema é Cyberpunk (votado pelos leitores, aliás) têm até 31 de outubro para enviar suas sinopses, clicando aqui. No link estão disponíveis as explicações a respeito de nossa forma de seleção e, muito importante, as regras.

LEIAM AS REGRAS, por favor!

Mas não é sempre que temos edições temáticas, tanto que a número 8 será tema livre. Para a 9, por sua vez, as histórias deverão ser baseadas no folclore brasileiro com elementos de ficção científica.

Das edições até agora o número 5 foi um dos mais marcantes, pois os contos deveriam ser baseados na imagem abaixo.



Tenho que lembrar ainda de um querido e valoroso amigo, que para nossa tristeza partiu para a fronteira final após ter nos dado o prazer e a honra de sua presença no início de nossa caminhada. O saudoso Daniel Vasconcelos Gomes era uma presença fantástica, e todos sentimos muito sua ausência.



Mas sem dúvida sua memória continua a nos inspirar sempre! Até lhe prestei uma singela homenagem no editorial da edição 5.

Já as anteriores foram de tema livre, e tivemos uma diversidade extraordinária de histórias. Mas não confiem em minhas palavras, confiram vocês mesmos!



Faça o download do Táquion 6 aqui.



Faça o download do Táquion 5 aqui.



Faça o download do Táquion 4 aqui.



Faça o download do Táquion 3 aqui.



Faça o download do Táquion 2 aqui.



Faça o download do Táquion 1 aqui.


Essa grande odisseia tem sido absolutamente fantástica, e eu não poderia estar mais feliz. Trilhar esse caminho ao lado de amigos tão incríveis da Equipe Taquiônica, e ter travado contato com tantos autores talentosos nesse período todo tem sido magnífico.

Uma das medidas do acerto em nossas escolhas tem sido a crescente onda de elogios e de novos seguidores que temos conseguido. Além de a qualidade das histórias que recebemos estarem melhorando a cada edição. Isso comprova que os autores estão ávidos a escreverem com total liberdade, o que de novo é motivo de muita satisfação para nós.

Como se não bastasse, muita gente anda nos pedindo que o Táquion FC tenha edições físicas! E também já comentaram conosco outras ideias, que garanto que são acalentadas por todos nós da Equipe Taquiônica. Para essas sugestões e questionamentos nossa resposta ainda é que estamos estudando. Ao longo dessa grande aventura temos dado um passo de cada vez, e temos sido incrivelmente bem sucedidos em nossas propostas.

Nossa vontade é realizar mais, muito mais. Sempre pensando em termos profissionais, para fazer crescer nosso mercado de literatura fantástica e especulativa. Estamos caminhando com segurança para não dar passos em falso, e muitas outras boas notícias virão!

Para encerrar, muito obrigado a todos que têm acreditado em nós. Essa jornada tem sido de imenso sucesso, e queremos muito que continue assim. Para quem está nos conhecendo agora o convite, reforçado a cada edição, permanece o mesmo.



Venham voar conosco!

Sigam todos nós nas redes sociais: @taquionfc ; @marcelo_bighetti ; @jr.flaviomedeiros ; @gilsondacunha42 ; @ renatoa.azevedo .

Até a próxima!

terça-feira, 1 de outubro de 2024

GIBI SP 3.0, COMO FOI



  E o ótimo Gibi SP Festival chegou com brilhantismo à sua terceira edição! Realizado nos dias 28 e 29 de setembro no Bunkyo, que se situa na esquina entre as ruas Galvão Bueno e São Joaquim, no bairro da Liberdade, o evento contou com vários expositores. Entre artistas, escritores, quadrinistas, colecionadores e lojas de quadrinhos, havia uma imensa variedade de obras para os visitantes aproveitarem.



Desde os mais recentes lançamentos até quadrinhos raros, alguns com décadas de idade e autênticas peças histórias, ninguém saia de lá insatisfeito.



Este Escritor com R teve a grande satisfação de comparecer aos dois dias da festa, e constatou como o Gibi SP se tornou um evento querido do público. Ouvi de várias pessoas que mais de uma edição por ano não seria nada mal!

E o que nós, nerds tarja preta, mais gostamos, é isso mesmo: ir a lugares legais, ver os amigos, conhecer pessoas e falar nerdices até cansar. Claro, nunca cansamos de falar nerdices!

Aproveitei e fiz algumas lives nos dois dias de evento, que vocês podem conferir clicando aqui, aqui e aqui.

E também um vídeo mostrando as aquisições, bem aqui.

Como já comentado, a melhor coisa são as conversas com os amigos. Papeei bastante com os quadrinistas Walter Junior e Junior Cortizo, trocamos ideias, o que é sempre muito enriquecedor, e foi muito legal.






Descobri que o Cortizo já colocou um Fusca azul nas histórias dele, sensacional!






Falamos sobre os desafios de produção de quadrinhos, como é o trabalho em parceria e muitos outros assuntos. Lembrando que as duas edições Carrapato que peguei com ele foram em parceria com o Tony Brandão, criador de Aline e Perseu. Junior é quem escreve e desenha A Tribo, um supergrupo que é também muito divertido. A ação da história é ininterrupta, recomendo!








Por sinal, em 2015 (ou foi 2016?) fiz uma Oficina de Quadrinhos no SENAC Santo Amaro, que recomendo. Até já adaptei meu conto A Lista: A Última Supernova (que está disponível no e-book A Lista: Letras da Igualdade na Loja Kindle) em roteiro de quadrinhos.

Estou para fazer o mesmo com o conto Vó Nena e os Caçadores: O Landau Assassino, que vocês podem ler aqui mesmo no blog. Depois fazer uma parceria com um desenhista, quem sabe?

Conversei bastante com o Daniel, editor da revista Calafrio, sobre os vários autores nacionais que participam. Eles têm vários materiais fantásticos e não resisti a trazer alguns para casa.






Outra conversa ótima foi com o Wilson, responsável pela revista Alegoria. Já conhecia a publicação graças às visitas à loja Mundo Mythos, na Rua Augusta, onde estão disponíveis, e até montei uma pequena coleção de alguns exemplares. Eles realizam um trabalho magnífico de resgate de histórias em quadrinhos antigas, a maior parte das quais nunca foi publicada no Brasil. Adorei especialmente as edições de nossa velha, boa e querida ficção científica e, evidentemente, o número especial com capa do gênio Milo Manara. Sim, esta é somente para quem tem mais de 18 anos! Conversei com o Wilson em uma das lives, confira nos links acima.






Outra aquisição que não podia faltar é a quarta edição de Rocketeer publicada pela Editora Heroica. A revista é primorosa e também uma linda homenagem ao criador do personagem, o saudoso Dave Stevens. Virei fã desde a primeira publicação no Brasil em 1989 pela Abril. Depois adquiri a da HQM de 2016, e desde então as da Heroica.






E convenhamos, qualquer herói adoraria ter uma heroína como a Betty!



Também conversei muito com os amigos Eduardo Marchiori e Junior Batson. Este, aliás, foi o organizador do igualmente ótimo Gibi e Ideias, que aconteceu no primeiro semestre de 2023. E que muitíssimo me honrou com o convite para falar sobre Arquivo-X, um dos universos responsáveis por me tornar escritor. Ele já está estudando a realização da segunda edição do evento, então fiquem ligados aos perfis que divulgarei a seguir!


Os amigos Edu e Junior, crédito @gibis_e_ideias.












Foi assim, cidadãos do Multiverso, mais uma excelente edição do Gibi SP Festival. Fiz questão de ir nos dois dias, pois infelizmente os eventos que valem a pena andam muito raros. Então tem que aproveitar qualquer oportunidade para ir a um lugar legal, bem organizado por gente competente, e encontrar pessoas legais e especialmente os amigos.

Muito obrigado a todos, especialmente a.


@wilsonsimonetto e @helena_hernandes_eventos .


E também aos amigos


@batson_artes @gibis_e_ideias @mutantexis .


Com


@editoraheroica @juniorcortizo @wallyjunior .














E é isso! Aproveitem as fotos, sigam os perfis mencionados e nos veremos no próximo evento.

Aproveitando para aquele jabá, é claro, as tags estão aí para serem usadas, especialmente para meus universos de A Lista, Vó Nena e os Caçadores e Céu de Guerra. O dos alienígenas, vocês leitores perguntam? Oras, já deixei várias pistas, incluindo em histórias disponíveis na íntegra neste blog, de que o universo dos aliens, dos primeiros livros De Roswell a Varginha e Filhas das Estrelas, é sim o mesmo de Vó Nena e os Caçadores!

O novo e-book que pretendo finalizar e publicar em breve, se tudo der certo, vai deixar isso ainda mais claro!

Finalmente, estamos a poucos dias do lançamento da sexta edição da revista eletrônica Táquion FC, especial Isaac Asimov! Sim, a ansiedade chega a níveis nada saudáveis, e estamos confiantes de que será um sucesso! Aproveite, enquanto isso, e confira os números anteriores clicando aqui. Siga-nos, se inscreva no canal do Youtube, já sabem como funciona.

Por que fazemos o que fazemos? Porque podemos, porque somos levados, porque precisamos, porque é o que somos!

Até a próxima!