segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

A LISTA: A UCRÂNIA REAGE


Como os colegas dA Lista sabem, me chamo Leonid Popovich, e sou escritor. Antes, claro, como todos em meu país, fui soldado e agente da Inteligência e contra-espionagem.

Nós da Ucrânia, da mesma forma que muitos dos amigos dA Lista de incontáveis realidades, sofremos por décadas com o jugo soviético. Com o esfacelar do império no início dos anos 1990, quando o socialismo foi destruído por sua própria incompetência, incivilidade e amoralidade, fomos uma de muitas ex-repúblicas que conquistaram a independência. E, tal qual várias outras Ucrânias por todo o Multiverso, também fomos convencidos a abrir mão do arsenal nuclear soviético que estava estacionado em nosso território.
Mas aqui, em minha realidade, foi tomada a decisão de não desistir de toda e qualquer possibilidade de dissuasão ou retaliação. E foi por isso que houve o “extravio” de cerca de vinte maletas nucleares, dispositivos explosivos compactos e de fácil transporte, e que por meio de ucranianos ou seus descendentes atuando dentro das forças armadas da Rússia pudemos ocultar.

Por décadas mantivemos essas armas como última possibilidade de defender nosso país, ou para retaliar uma possível invasão.

Meu passado como soldado e agente da Inteligência me tornou a escolha óbvia quando, há quase um ano, as tensões tornaram a crescer. Lamento muito que líderes ocidentais fracos tenham deixado o tirano Putin atuar livremente, e já não tenho esperança de que qualquer apoio possa fazer esse autocrata e megalomaníaco desistir de seus intentos.

Sou escritor. Queria e quero somente viver para minha arte. E por isso mesmo, ao me tornar participante dA Lista, me maravilhei com os mundos de incríveis possibilidades sendo vividos pelos meus colegas. Admiro cada um de vocês.

Mas não posso fugir de meu dever. A comitiva de Putin já passou pela minha rua a caminho do Kremlin. Sei que, como ucraniano vivendo em Moscou, tenho pouco tempo. A maleta tem um dispositivo automático, que eu poderia utilizar se eu quisesse. Mas não desejo fugir do destino que irei provocar contra os muitos inocentes cujas vidas serão vitimadas por meu gesto. É um ato desesperado para salvar meu país, e eu espero que os amigos dA Lista compreendam isso.

A distância que meu apartamento fica do Kremlin é suficiente para que Putin tenha tempo de ver. Ele saberá o que está acontecendo. E saberá porque está acontecendo.

Lembrem-se de mim, e compartilhem minhas obras com o mundo, com os mundos dA Lista. Estou com o dedo no botão que dispara a arma. Irei pressioná-lo assim que enviar esta mensagem através demeu computador.
Boa sorte a vocês, boa sorte a todos nós, e boa sorte para minha Ucrânia. Adeus.


Dedicado ao povo da Ucrânia. Torçamos por eles, e torçamos para que o Ocidente resista à geração mais fraca, inútil e patética que já teve em termos de "lideres".

Em meio a tantas perdas, uma sendo muito lamentada é a do Antonov An-225 Mryia, maravilha tecnológica que era o maior avião do mundo, projetado inicialmente para transportar o ônibus espacial soviético Buran. Clique na foto para maiores detalhes.




Em meio à violência injustificável, histórias de esperança se misturam a lendas urbanas, e mesmo o governo ucraniano tem comentado as façanhas do Fantasma de Kiev, que teria abatido ao menos seis inimigos russos. Lenda ou verdade?



Seja como for, é uma história digna de ser contada. Saiba mais clicando aqui e aqui.

Já que este é um post sobre A Lista, conheça este Multiverso clicando nas tags abaixo, e aproveite para conferir o e-book A LISTA: FENDA NA REALIDADE.

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Até a próxima!