terça-feira, 26 de março de 2019

Superpato Novas Aventuras parte 7

SUPERPATO 50 ANOS

Antes, claro, vale lembrar que no próximo Festival Guia dos Quadrinhos vai acontecer mais um encontro do grupo Disneyanos. Imperdível!


PKNA 9 Le sorgenti della Luna


Este título pode ser traduzido como As Fontes da Lua, e foi publicado pela primeira vez na Itália em 20 de agosto de 1997. No link do site Inducks podemos conferir que saiu em Portugal em 2015 em Hiper Disney 37. Como registro, na edição 36 anterior foram publicadas as histórias curtas do Speciale 97, de que falamos na parte 6.

No começo da trama temos uma revelação, os evronianos visitaram anteriormente a Terra há milhares de anos, indo embora ao concluir que o planeta não proveria a energia emocional que necessitavam. Corte para o presente e, em Patópolis, vemos a metrópole vigiada atentamente por um herói incansável, como um Pato das Trevas!


Bem, quer dizer... depois de acordado por Xadhoom, que precisa da ajuda dele e de Um para localizar as naves xerbianas que conseguiram escapar da invasão evroniana a seu mundo.

Falando dos alienígenas, o comandante Xargon é incumbido por seus superiores de cuidar de esporos que se encontram na Terra, não ficando nada satisfeito com a missão. Nisso o Superpato precisa organizar a discussão entre Um e Xadhoom, e a alienígena termina por auxiliá-los a aprender sobre os evronianos, e descobrem que esporos estão crescendo na região central da África, na região de seus grandes lagos.

Os evronianos já se encontram no local, e durante uma discussão entre Xargon e seu chefe científico, vemos pinturas rupestres nas paredes registrando a passagem dos invasores por lá no passado remoto. Xadhoom, sempre impaciente, voa até lá, e em meio aos preparativos Um revela ao Superpato que tem mantido uma conversa por e-mail com Lucille Bruceburton, antropóloga baseada em uma fazenda naquela região. Eles decidem que nosso pato favorito viajará de avião, e Donald aproveita bem os benefícios de voar na classe executiva. Mas não percebe que no assento ao lado está o general Abraham Lincoln Wisecube, mencionado anteriormente.


A história até nos dá um gostinho dos filmes do maior herói do cinema, Indiana Jones (claro!), exibindo um mapa da África com a rota percorrida pelo avião. Na chegada é recepcionado por Bruceburton, ou Lucy, que pergunta como vai seu amigo, o professor Emil Lairduck (claro que já descobriram a referência no codinome adotado por Um, né?). Lucy exibe um recorte de jornal com as teorias de outro cientista, o professor Lobster, afirmando que evidências descobertas na África e na Nova Zelândia apontam que alienígenas estiveram na Terra há milhares de anos, e aparentemente estão retornando.


Donald encontra Xadhoom a seguir, que narra seu encontro com a nave xerbiana abandonada, e como seus compatriotas a culpam pela invasão. O pato diz que a ajudará contra os evronianos, impedindo que a mesma coisa aconteça com a Terra mesmo que seja seu último ato. Coisas de heróis!


A dupla segue as indicações de Lucy até um cânion onde se encontram as pinturas rupestres, mas topa com os evronianos, o que leva a uma grande batalha. Nossos heróis acabam se separando, e Superpato topa com Xargon, que o atinge com a força máxima de sua arma parasita. Nosso herói fica caído.

Xadhoom encontra o amigo, e fica transtornada ao ver em sua face a expressão vazia de um escravo chama fria. Ela diz que não permitirá que façam isso com ele, e o atinge com sua rajada de energia.

Wisecube chega com seus soldados, e vê o pato caído por binóculos. Bate continência, dizendo ter sido uma honra lutar ao lado dele, e prossegue em seu caminho.


Xadhoom chega ao acampamento evroniano quase ao mesmo tempo em que os militares alcançam os esporos. A batalha é feroz, e como sempre na série as imagens são arrebatadoras, mas Xargon prepara uma emboscada e derruba Xadhoom. Os esporos sobreviventes, enquanto isso, saem voando, e Wisecube dá ordens de satélites militares os abaterem.



Mas evidentemente nossa xerbiana é muito mais dura na queda do que os evronianos pensam, e em uma espetacular página composta como vários pedaços de filme, ela dá a resposta para Xargon. Pouco depois, o próprio Superpato surge, tendo sido protegido pelo escudo x-transformer, e Xadhoom se pergunta por que não conseguiu usar toda sua força no amigo. Eles observam os esporos queimando na atmosfera após serem atacados pelos satélites militares. Nossa alienígena preferida voa para ajudá-los, e no dia seguinte Donald se despede de Lucy no aeroporto, encontrando ainda o general Wisecube e se dando conta de quem era seu companheiro de viagem.

Uma trama interessante, que encerra a fase de histórias tratando dos esporos evronianos em nosso planeta.

PKNA 10 Trauma


Em 20 de setembro de 1997 saía uma das melhores histórias de toda a série Novas Aventuras. Nossos irmão de além-mar tiveram a sorte de lê-la em 2015 na Hiper Disney 38.

Espaço profundo, e um cruzador evroniano chega a um planetoide que os alienígenas utilizam como uma prisão, chamado The Pit (O Poço). Possivelmente referência a Rura Penthe?

A missão é chefiada pelo cientista e capitão Gorthan, e a essa altura já podemos confirmar que a sociedade evroniana é dividida em castas. Os soldados rasos de cor roxa, os cientistas de cor lilás, e os altos oficiais de azul escuro. Gorthan ainda tem elementos na cabeça similares a dreads, e até cita William Shakespeare a seus comandados, dizendo que a sociedade terrestre precisa ser estudada antes de a destruírem.


Enquanto isso, na Terra, nosso herói anda tendo problemas com pesadelos, mas nada que uma ronda noturna e uma surra em bandidos não possa ajudar. A bordo do Patocar o Superpato se vai, dizendo “de dia esta é minha cidade; de noite esta cidade é minha”. Estão anotando as frases de impacto?

O inspetor Rankar apresenta a Gorthan o tour dos visitantes no Poço, com direito a ataques de prisioneiros rebeldes (de vários tipos e raças) rapidamente debelados. E descobrimos que Gortham está lá para visitar Trauma, a quem os soldados baseados no planetoide chamam de “a besta”.

Um cidadão passa pelo parque e é ameaçado por uma gangue inspirada em roqueiros. Esta, por sua vez, é combatida por outra cujos membros se vestem como romanos. O Superpato comenta que as gangues são a nova doença de Patópolis, mas que ele é o médico, e ataca os valentes derrotando-os facilmente. E é claro que Angus Fangus faz a festa com o relato apavorado do cidadão no telejornal da manhã seguinte.

Nisso, Gortham oferece a Trauma a liberdade o perdão do conselho imperial de Evron, e uma porção colossal de medo para alimentá-lo. Em troca, ele deve ir para a Terra, combater um indivíduo que tem causado muitos problemas para os evronianos. O gigante concorda, e Gortham então explica aos outros que o mutante foi criação sua.


Muito antes ele era um general, um herói condecorado que concordou em fazer parte de uma experiência para a criação de um super-soldado. O general se tornou Trauma, e sua enorme força física não era nada comparada a seus poderes mentais, que infligiam uma onda de medo e pânico em quem estivesse perto, que por sua vez o alimentava e fortalecia ainda mais. Mas ele desenvolveu um processo decisório independente, coisa inaceitável na rígida estrutura social evroniana.

Faz pensar em certas ideologias das quais ainda se fala por aí, e que abominam o mérito individual, não? Militar condecorado e membro da mais alta casta, Trauma foi preso no Poço.

Essa foi a primeira parte da trama. A segunda começa com a cápsula do gigante evroniano caindo em Patópolis, enquanto Donald desperta de mais um pesadelo. O helicóptero do 00 Channel com Angus Fangus a bordo está na área quando Trauma começa a desafiar a polícia e a espalhar o terror, dizendo ainda que quer o Superpato. Nosso herói faz uma entrada triunfal e derruba o alienígena com o Patocar.


Mas isso nem de longe é o bastante, e a luta prossegue. O alienígena pega uma carona no Patocar, eles raspam o helicóptero de Angus em seu voo, e nosso herói decide tomar uma ação drástica, fazendo o veículo cair.

Com sua agilidade o Superpato se desvia dos golpes do alienígena, desferindo golpes com os recursos do x-transformer. Porém Trauma finalmente se apresenta, fazendo nosso herói mergulhar em seus pesadelos. Controlando remotamente o danificado Patocar, Um consegue resgatá-lo e trazê-lo para casa.


O 00 Channel transmite o telejornal apresentado por Lyla Lay, que entrevista Angus sobre os eventos da noite anterior. Nossa androide preferida coloca o colega em xeque, mas mesmo assim Angus diz que o Superpato fugiu do combate. Um diz a ele que felizmente saiu somente com ferimentos superficiais, mas nosso herói diz que não foi Trauma que o derrotou na luta, e sim o medo. Mas mesmo assim o pato diz que não pode permitir que Trauma continuasse com sua trilha de destruição. Com o Patocar sob reparos, ele precisa de outra coisa contra o inimigo.

Finalmente, no ato III da história, nosso herói surge a bordo de um poderoso exoesqueleto, mas Um o alerta a poupar energias, pois suas baterias não têm back-up. De novo, a luta ocupa várias páginas de ação, com a bela arte dos desenhos que é uma das marcas registradas da série, e ainda com referências.


Inimigo imensamente poderoso, herói com armadura, parece familiar?


Nosso herói leva a batalha adiante protegido pelo capacete do exoesqueleto, que impede que as ondas mentais de Trauma o atinjam. Mas evidentemente o evroniano joga sujo, e atinge o helicóptero do 00 Channel. Nosso herói usa mais reservas de energia para resgatar os tripulantes, e nisso é ouvido o pedido de socorro de outra possível vítima.

Como todo herói, o Superpato tem como missão principal salvar vidas. Mas é uma estratégia de Trauma, que para tanto demonstra sua habilidade de alterar a voz. E nisso o alienígena destrói o capacete da armadura, expondo nosso pato a seus poderes mentais.

Donald relembra uma cena de sua infância, indo para a escola com quadrinhos na mochila, dados pelo Tio Patinhas. Ele mal pode esperar para mostrá-los a Margarida, mas infelizmente cruza com os valentões do colégio, e o resultado deve ter sido muito parecido ao que muitos nerds e fãs de quadrinhos e ficção científica já experimentaram e experimentam em suas vidas, aqui no Brasil.

Porém, o que faz um verdadeiro herói não é a incapacidade se sentir ou ignorar o medo, mas sim usar o medo como trampolim para se superar, e fazer o que é certo e necessário. E o Superpato reage, atacando Trauma com fúria justiceira redobrada. O alienígena finalmente cai, pedindo misericórdia pois sente muito medo, e Um constata que sua mutação está regredindo. Trauma cai do prédio, mas é colhido por um veículo evroniano que o leva embora.

De volta ao esconderijo, no 151º andar da Ducklair Tower, Superpato e Um conversam sobre os eventos. Nossa I.A. preferida diz que o alienígena usava o medo de suas vítimas como fonte de energia, mas que seus poderes foram incapazes de lidar com outra coisa, que o fez perder o controle. Superpato responde que essa outra coisa era a coragem, a capacidade de transformar o medo em força. E não é necessário ser um mutante, ou um herói ou super-herói, para fazer isso.


Algumas vezes é preciso somente ser um frágil e pequeno pato.

Uma das melhores e mais essenciais tramas de toda a série Novas Aventuras, e uma das preferidas dos PKers, os fãs dessa extraordinária série de Ficção Científica da Disney (lembrando que nosso herói se chama Paperinik, ou PK, na Itália). Trauma foi a primeira de três histórias clássicas e antológicas da série, explorando temas FC com maestria e criando situações extremas, que exigirão tudo de nosso maior herói. Aguardem a próxima parte, que será arrebatadora.

Até a próxima!

terça-feira, 19 de março de 2019

Superpato Novas Aventuras parte 6

SUPERPATO 50 ANOS

Antes de iniciar mais um texto deste especial, que explora as 50 edições de Superpato - Novas Aventuras, comemorando os 50 anos de nosso maior herói, vai o aviso desse grande evento que acontece nos dias 13 e 14 de abril no Hakka Plaza, Rua São Joaquim 460, próximo ao Metrô São Joaquim!


E é importante destacar ainda que o Festival Guia dos Quadrinhos terá a presença do mestre Disney Francesco Guerrini, que por sinal também fez parte da equipe que nos trouxe Superpato - Novas Aventuras! Imperdível!

E também lembro quevai até 31 de março a exposição Quadrinhos no Museu da Imagem e do Som, que está imperdível. Confira aqui no Corujice Literária como foi nossa visita.

PKNA 6 Spore


Como dissemos na parte 5, a partir de agora, dentro desta série de artigos comemorativos dos 50 anos do Superpato, analisando as 50 edições da série de Ficção Científica Novas Aventuras, todas as histórias são inéditas no Brasil. PKNA 6 foi publicada em 20 de maio de 1997 na Itália, e é fundamental por detalhar o ciclo de vida dos grandes vilões da série, os alienígenas evronianos.

Tudo começa com Norman Bates Russel, fazendeiro do qual já falamos na parte anterior, viajando a Patópolis a fim de fazer uma entrega a um velho conhecido seu, Angus Fangus! Ele comenta com seu cachorro Buck que “desta vez tem provas” do que diz, o que deixa transparecer que há tempos ele aporrinha o jornalista com alegações fantásticas.


Vemos rapidamente Xadhoom viajando pelo espaço e encontrando xerbianos transformados em chamas frias dos evronianos. Corte para a Ducklair Tower e Donald se levanta da cama, constatando que Um está assistindo a produções Z de Ficção Científica de novo, “para propósitos de pesquisa”. Os noticiários não são de nível mais elevado e nosso herói se encaminha para o serviço, e Angus já começa a surtar com ele. O porteiro do 00 Channel está de férias e sobrou para o Donald, e o jornalista exige que ele se livre de Russel. Corte para Xadhoom novamente no espaço, experimentando o que parecem ser assustadoras visões de seu mundo e seus compatriotas.

Norman chega com um objeto grotesto e nojento, e insiste com Donald que precisa ver Fangus. O próprio surge na tela do monitor, dizendo estar ocupado, o fazendeiro aceita as desculpas e deixa a coisa que trouxe com o pato. A imagem de Angus se transforma na de Um, pedindo que lhe seja trazida a coisa.


Nossa I.A. preferida descobre que o objeto é um esporo, representando a primeira fase do ciclo de vida evroniano. O esporo é além disso extremamente resistente, jorrando substâncias corrosivas se danificado, após o que cicatriza completamente, e além disso a substância é altamente venenosa para organismos vivos. Aquilo representa evidentemente uma ameaça terrível, e Donald insiste que precisam encontrar Russel. O pato então se recorda de uma das notícias, que os militares cercaram uma área do deserto, não muito longe de Patópolis. Mike Morrigam, do 00 Channel, está lá, mas não lhe é permitido mostrar muita coisa.

O Superpato para lá se desloca, observando que os militares utilizam até enormes exoesqueletos na missão, carcando um enorme campo repleto de esporos evronianos. Amostras do material estão sendo recolhidas, e finalmente um “comitê de recepção” leva nosso herói até o quartel-general da operação. Xadhoom, enquanto isso, visita o silencioso Xerba, seu planeta natal, e busca respostas em uma nave abandonada.


O general Abraham Lincoln Wisecube, que comanda a operação, ordena que o Superpato seja tratado com respeito, e os militares mostram a ele suas instalações. Acontece um acidente enquanto examinam um esporo, e as vítimas exibem risco biológico alto (definitivamente esta trama faz falta antes de Invasão, conforme dissemos na parte 5). Nisso Um transmite a nosso herói alarmantes novidades, que descobriu enquanto invadia os computadores militares: estes estão negociando com os evronianos, exatamente como fizeram em Xerba, planeta natal de Xadhoom!

O coronel Clint E. Westcock, coordenador das operações no deserto, é ríspido com o Superpato, até quando o herói tenta preveni-lo quanto aos evronianos. O pato conhece Janson e Miller, dois soldados que pilotam os exoesqueletos, e o primeiro já é fã dele. Eles lhe explicam como as máquinas funcionam, e claro que o Superpato decide dar uma volta no campo dos esporos com um deles.


Um continua sua busca nos computadores, e até confronta o misterioso general Wisecube. Enquanto isso, Westcock envia soldados para perseguir o Superpato, porém Um assume o comando das máquinas, e todos atacam com todo o armamento disponível os esporos. Vários exoesqueletos são danificados, incluindo o do Superpato, mas Janson o resgata. Westcock quer prender nosso herói, mas chegam ordens superiores de encerrar todas as operações. Superpato e Janson se despedem, e o misterioso Wisecube se reporta a alguém ainda superior a ele. Então Xadhoom finalmente chega e fala com nosso herói sobre negócios.

Angus Fangus atende ao telefone, é Russel, e grita dizendo que não quer nada com os aliens, dinossauros ou abóboras do fazendeiro. Este, de volta à sua fazenda, observa suas “abóboras” crescendo, mal desconfiando que são esporos que podem provocar o fim do mundo.


De novo, o clima de segredos e conspiração governamental faz lembrar de certa série que fazia imenso sucesso na época, hein? Como a maioria dessa primeira dezena de histórias, esta trama também é fundamental para o desenrolar da saga de Superpato – Novas Aventuras.

Speciale 97 Missing


O primeiro especial anual da série foi publicado na Itália em 5 de agosto de 1997. É composto por histórias curtas que giram em torno de um mesmo assunto: o desaparecimento do Superpato!

A primeira trama envolve a agente do PBI Mary Ann Flagstarr, vista anteriormente em Terremoto. Ela é incumbida de investigar o desaparecimento do herói, e a primeira testemunha que visita é Angus Fangus. Durante a conversa com a agente o jornalista se recorda de um encontro recente com sua principal fonte de matérias.

Na história Ponto de Ruptura, Fangus tenta sair despercebido do 00 Channel, mas é perseguido por vários indivíduos. São seus fãs, que levam a ele uma enorme quantidade de teorias de conspiração das mais absurdas. Enquanto ele passa uma noite agradável com comida nojenta, um apartamento bagunçado e um péssimo filme de horror na TV, recebe a visita de um insistente personagem que mecanicamente pede que ele lhe entregue algo. O repórter tenta se desvencilhar, e descobre finalmente que o androide queria o arquivo entregue por um dos fãs de Angus, sobre um fabricante de brinquedos construindo androides malignos para cometer crimes. Felizmente chega o Superpato, que resolve a situação e até oferece os talentos de Um certo amigo para consertar o sobretudo de Angus, rasgado pelo androide, que vem a ser uma peça de grande valor sentimental para nosso jornalista preferido.


De volta ao presente, no 00 Channel, Angus pensa que não seria bom perder seu alvo preferido, e vai até a mesa de Lyla Lay. Mary Ann está lá também, e o jornalista faz um de seus melhores discursos de toda a série: “Você de novo? Não acho que os contribuintes pagam você para interferir com a liberdade de imprensa”.

De novo, Angus Fangus me representa!

Lyla está fazendo uma matéria na praia, em Bayduck Beach, e Flagstarr para lá se encaminha. Já Angus prefere deixar recado. Depois temos uma gloriosa visão de Lyla de maiô, saindo do mar, ela recebe a mensagem de Angus e faz uma checagem em seus sistemas buscando informações sobre o Superpato.


Ela se veste rapidamente em uma cena muito sensual, e corre para seu apartamento. Veste o uniforme da Tempolícia e se transporta através do tempo para Time 0, a base dos policiais temporais que se localiza em um vórtice fora do tempo e espaço. Um grave problema técnico acontece ali, e justamente nossa androide favorita salva a situação. Seus sistemas davam como mais alta a probabilidade de o Superpato haver sido preso pela Tempolícia, mas não foi isso que aconteceu. Felizmente Lyla consegue sair da situação comprometedora com somente uma bronca.

Vale lembrar que pela primeira vez na série vemos Time 0, e como já publicamos em Superpato e o Fluxo do Tempo, a arquitetura é muito semelhante à de Gallifrey, planeta natal dos Senhores do Tempo!


Após um rápido encontro de Flagstarr com o arredio Câmera 9 (cuja aparência e identidade estão entre os maiores segredos de toda a saga), o próximo problema é de Um, e justo com o Lança-Raios. O vilão temporal está aprontando das suas aproveitando-se da ausência do Superpato, e nossa I.A. favorita tenta vários estratagemas para detê-lo. Nenhum dá resultado, mas aproveitando-se da soberba do pirata temporal, que termina por lhe contar seus planos, Um põe em prática um plano final para apanhá-lo no futuro. Assim, quando o Lança-Raios surte no século XXIII, a Tempolícia está lá para apanhá-lo, graças a uma dica de Odin Eidolon, confirmando que este é a etapa seguinte da existência de nossa I.A.

Mary Ann conversa até mesmo com o Tio Patinhas, que está fazendo as vezes de superintendente da Ducklair Tower na ausência de Donald. A próxima parte mostra Xadhoom no espaço recebendo uma chamada, que a conduz a uma colônia xerbiana descoberta pelo Superpato. Contudo, como eles não conhecem certo costume de Xerba mencionado pela alienígena, esta desvenda uma trama evroniana para capturá-la. Mas aparentemente os invasores não sabiam com quem estavam lidando.

Em outra história relacionada dois centuriões são enviados à Terra para investigar o desaparecimento de seu maior inimigo, com direito até a referência a O Exterminador do Futuro. Os dois atrapalhados evronianos não têm sucesso, retornam para sua nave, mas encontram somente pedaços desta e uma Xadhoom muito sorridente. Esta parte por sinal, tem a primeira aparição na série de um dos melhores e mais fascinantes personagens de toda a saga, Urk! Ele é o sujeito grande e forte, com um longo rabo de cavalo, com quem a dupla evroniana esbarra em uma de suas fugas. Logo falaremos mais dele!


Mary Ann visita até a casa de Donald, sem sucesso, e por fim retorna ao PBI, onde recebe uma mensagem para interromper a investigação e retornar a suas atividades regulares. Mas quem a mandou foi Um, que assim protege o segredo de seu amigo. Mas afinal, onde estava o Superpato? Em um mosteiro tibetano com um certo empresário e inventor, aprendendo mais a respeito da grandiosa tarefa que tem à frente!

O Speciale 97 mostraria lugares que se tornariam regulares na série, como a própria Time 0 e Quacktico, onde se localiza o PBI (que especulamos seja a sigla de Paperopoli Bureau of Investigation; Paperopoli é o nome de Patópolis na Itália). Mary Ann Flagstarr apareceria várias vezes ao longo da série, e o mencionado Urk estrelaria uma excelente trilogia em histórias explorando um dos mais caros temas da Ficção Científica.

E nossa série de artigos sobre As Novas Aventuras do Superpato prossegue!

Até a próxima!

segunda-feira, 18 de março de 2019

Planeta Andarilho


O cruzador espacial Midway IV acabara de sair do hiperespaço, aproximando-se cautelosamente da Estação Beta 0. O número zero designava todas as estações da Frota ou do Comando Estratégico que tinham localização e finalidades secretas.
O contato era feito em frequências criptografadas e com a menor potência possível, a fim de que naves espiãs qlorks não os interceptassem. Aquela região, próxima as Plêiades, distava menos de vinte anos-luz da hostil República Qlork.
- Contra aqueles lagartos todo cuidado é pouco – disse o Almirante George Torres.
Após a manobra de atracação a Capitã Irina Yamamoto anunciou:
- Estamos seguros, senhor!
Torres agradeceu com displicência, enquanto o Dr. Wagner Smith, olhando na direção das quatro dezenas de estrelas que revoluteavam no aglomerado globular, distante menos de duzentos milhões de quilômetros de onde estavam, balançou negativamente a cabeça:
- Isto é rematada loucura!
Torres nada disse, colocando-se ao lado do cientista diante da grande janela frontal da ponte de comando, desviando o olhar para um pequeno objeto cuja trajetória o levava para fora do aglomerado. Era o motivo de sua visita.
Enquanto a naveta em que embarcaram se aproximava de Andarilho, nome daquele mundo que todos os cientistas da Terra diziam ser impossível de existir, Yamamoto enviou uma mensagem. Dois agrupamentos de caças haviam varrido o espaço ao redor e não encontraram qualquer sinal de atividade qlork.
Fazia exatamente trinta anos que aquela constelação aparentemente comum havia sido encontrada, do ponto de vista dos astrônomos da Terra localizada por trás das jovens estrelas das Plêiades, a quinhentos anos-luz de distância. Naves científicas foram despachadas para estudar o achado, quando se deram conta de algo ainda mais surpreendente.
Havia um planeta que percorria uma complexa órbita no aglomerado. Por vezes saindo da imensa colméia de estrelas, em outras percorrendo por meses a fio uma trajetória que circulava seus sóis. Ninguém ainda havia conseguido explicar aquele aparente absurdo.
Até que surgira o Dr. Cale McHeldon, neto de um dos descobridores originais do aglomerado. Suas idéias eram no mínimo extravagantes, mas diante das descobertas em Andarilho seus pares começavam a dar o braço a torcer.
A pequena nave penetrou na atmosfera do planeta, que era perfeitamente habitável e possuía um clima tropical, e pousou no espaçoporto da Base Andarilho 0, o maior segredo mantido pelos habitantes da Terra. A primeira pessoa que viram quando a rampa desceu foi o próprio McHeldon, que parecia de péssimo humor:
- Então, finalmente a Academia de Ciências Solar decidiu enviar um representante para conferir nosso progresso!
A Academia era o órgão dedicado a exploração e pesquisa, e todos os oficiais cientistas das naves da frota terrestre eram ali formados. Seu interesse em Andarilho variara muito no decorrer das décadas, e recentemente a hostilidade para as pesquisas no local era evidente.
Smith nada disse, e enquanto embarcavam Torres ia fazendo perguntas que McHeldon respondia de forma sucinta mas completa. O carro voador que usavam se deslocava rente a superfície evitando os acidentes do terreno, mas podia subir a grandes altitudes se necessário, percorria as trilhas abertas na espessa mata.
- Vejam! – apontava entusiasmado McHeldon. – As diferentes espécies convivem em nichos ecológicos de forma harmoniosa, mesmo que seus ancestrais tenham indiscutivelmente vindo de mundos distintos.
- Caro Dr. McHeldon – disse Smith.- Apreciaria muito se não inundasse o Almirante Torres com teorias não comprovadas.
- Não comprovadas!? Smith, por acaso você é analfabeto?
- Não há necessidade de ofender...
- Você, Smith, me ofende com seu pré-histórico ceticismo! Pois os resultados da análise genética em centenas de espécies deste planeta foram conclusivos, até mesmo para os enviados da Academia!
Smith riu, olhando distraidamente para o panorama, e respondeu:
- Meu caro McHeldon, dificilmente as conclusões de cientistas juniores e estagiários irão impressionar a alta cúpula da Academia... Exatamente por isso concordei em embarcar nesta expedição, a fim de apresentar um relatório completo. E por enquanto não estou impressionado.
McHeldon ordenou que o piloto mudasse o curso. O terreno era em subida e pararam no ponto mais alto, onde podiam observar uma imensa pradaria que se estendia por quilômetros.
O cientista não teve que dizer nada. Todos puderam conferir o duelo titânico lá embaixo.
Um Tiranossauro Rex enfrentava um Triceratops, cada um dos oponentes rosnava e berrava para o outro. O carnívoro exibia os formidáveis dentes, e o quadrúpede mantinha o inimigo na mira de seus enormes chifres, cada um com três metros de comprimento.
Nisso, perceberam a aproximação de outra fera, a qual as duas criaturas logo notaram. Um animal maior que eles, com seis patas, compridos espigões nas costas, brandindo uma cauda dotada de uma grande maça óssea e uma bocarra encimada por quatro olhos multifacetados.
- Eis aí, senhores, um legítimo Tatu-Dragão de Qlork!
As três feras se enfrentaram. O tatu era grande demais e sua couraça muito resistente para os outros. O tiranossauro desistiu e afastou-se, e o mesmo fez o triceratops. Ambos eram bem mais ágeis e velozes, e não tiveram qualquer dificuldade de escapar.
- Está vindo para cá!
McHeldon soltou um risinho diante da observação medrosa de Smith, e ordenou que o piloto decolasse. Sobrevoaram o impressionante animal, quando outros três convidados chegaram para a festa.
- Tom, melhor ligar nossos campos defensivos e subir mais.
Tom, o piloto, acionou os comandos apropriados. Os animais que surgiram eram Piro-Dragões de Ankor, um dos mundos habitados conhecidos. Seu povo era incrivelmente semelhante aos humanos. As diferenças eram apenas em detalhes como olhos de cor vermelha ou lilás, pele amarela ou marrom clara, e cabelos sempre pretos. Análises de DNA confirmavam um possível e surpreendente parentesco entre ankorianos e os terrestres. Seu desenvolvimento tecnológico era similar ao dos anos 1950 na Terra, e uma feroz guerra fria ocorria entre quatro de suas nações. A chegada estrepitosa das expedições terrenas não ajudara em nada essa situação, e lançou a Terra em um debate ético sem precedentes. Atualmente apenas sondagens discretas ocorriam e todo contato fora cortado, diante de acusações de que os terráqueos favoreciam esta ou aquela potência de Ankor.
Viram bandos de sáurios voadores de Verus, mundo avançado e com quem a Terra mantinha contatos diplomáticos. Os verusianos eram vagamente similares aos humanos, mas eram mais magros, altos e pálidos, sem qualquer pêlo nos corpos e cujas mãos tinham quatro dedos. Seus rostos, dominados por imensos olhos, tinham formato acentuadamente triangular.
Esses quatro mundos habitados eram os que os terráqueos conheciam, menos de um século depois de iniciarem suas explorações interestelares com naves dotadas de hiper-propulsão. Por isso a descoberta de Andarilho havia sido tão surpreendente, e mantida oculta dos demais povos, pois a fauna e flora do planeta não eram a única coisa surpreendente em Andarilho.
Smith já estava completamente absorto nos dados que examinava na tela holográfica, enquanto o carro voador se encaminhava para as ruínas. Eram paredes, imensos edifícios que outrora pareciam encostar no céu e outras construções megalíticas, restos de uma cultura erguidos em tempos imemoriais.
Pousaram e acompanharam os especialistas em um tour pelo lugar. Smith, um dos maiores cientistas Terra, e crítico feroz do que via como gasto inútil de recursos, nada falava.
O Almirante Torres igualmente nada comentou desde o encontro com as feras. McHeldon decidiu conversar com o militar:
- O senhor está muito calado, Almirante. Espero que seja por estar refletindo sobre o que estamos mostrando.
Estavam no interior de um dos poucos edifícios relativamente intactos, e o teto do colossal recinto apoiado em colunas ornadas de detalhes e uma escrita ainda indecifrável os impressionava.
- Gostaria de saber, Dr. McHeldon, – disse por fim – se descobriram algo útil.
- Não sei se compreendo, Almirante.
- Algum registro, alguma tecnologia que possamos usar.
McHeldon espantou-se, desapontado. Sempre pensou que diante de aceleradas e surpreendentes descobertas devido as viagens interestelares, essa mentalidade do aqui e agora houvesse desaparecido. Suspirou e respondeu:
- Almirante, creio que todo o conhecimento obtido desde a descoberta de Andarilho é útil. Imagine a alegria dos biólogos e paleontologistas, estudando o comportamento de espécies extintas! E permita-me acrescentar, várias das espécies com origem nos demais planetas civilizados igualmente estão extintas.
- Espero, – disse Torres em tom autoritário – que não me venha novamente com sua idéia de compartilhar esse conhecimento com os alienígenas!
McHeldon fez que não ouviu e prosseguiu:
- Contudo, no tocante a novas tecnologias, nada há para reportar. Os antiquíssimos traços de civilização que estão vendo são tudo que restou.
- Só isso não serve, McHeldon. E essa falta de resultados práticos dificulta o apoio do Comando Estratégico a pesquisas em uma área tão perigosa.
- Por tudo que sabemos, Almirante, os qlorks e os verusianos não tem qualquer informação sobre este lugar.
- Estamos próximos demais da fronteira dos qlorks, Doutor! A situação não está boa para nossas forças. Por enquanto nós e eles nos limitamos a escaramuças, e uma guerra aberta está fora de cogitação. Mas pode ser uma realidade dentro de pouco tempo, daí que é urgente conseguirmos uma vantagem decisiva. Se o senhor me garante que tal vantagem não virá das pesquisas em Andarilho...
McHeldon sabia que o apoio dos militares estava por um fio. Aquele mundo era o paraíso para os cientistas, ao menos para aqueles que não cediam ao ceticismo e ao status cujo monopólio era exclusividade da Academia. Mas era o pesadelo dos militares, mesmo que seus próprios cientistas igualmente apoiassem a continuidade daquelas pesquisas.
Voltaram para a Base Andarilho 0, e McHeldon pôde detalhar melhor sua teoria. O cientista constatou satisfeito que, embora Torres mantivesse seu ceticismo, Smith por outro lado parecia ceder cada vez mais as evidências.
- Senhores, estivemos em quase todo sistema solar situado em um raio de 2.000 anos-luz da Terra. Com exceção de Qlork, Ankor e Verus, e uma ou outra base ou colônia dos dois mundos mais adiantados, nada mais encontramos. Informações fornecidas ou obtidas por outras fontes dão conta de que nossos vizinhos exploraram pouco além de nós mesmos, e relatos de nossas naves exploradoras não são animadores. Aparentemente, ao menos deste lado de nossa Via Láctea, não há mais ninguém.
A seguir descreveu as descobertas em Andarilho naquelas três décadas de pesquisa, fauna, flora e as ruínas. Finalmente fez sua mais ousada afirmação:
- Com base em tudo isto, as espécies extintas há milhões de anos em nossa boa Terra presentes aqui, fatos similares relacionados aos mundos vizinhos, afirmo que existe uma única explicação. Estamos lidando com remanescentes de visitas de um povo infinitamente mais antigo e avançado do que qualquer coisa que conhecemos.
Deixou que os presentes absorvessem a incrível informação, e disparou sua maior bomba:
- Acredito serem extragaláticos. Devem ter nos visitado há cerca de 70 milhões de anos, e estiveram passeando por aqui até cerca de cinco mil anos atrás. Mais uma coisa, desde o começo ficou muito claro que Andarilho não se formou junto as estrelas deste aglomerado. É impossível fisicamente! A única explicação viável é que alguém o colocou aqui, alguém com avançadíssimos conhecimentos matemáticos capazes de prever uma trajetória segura para o planeta, “dançando” ao redor destes sóis por milhões de anos. Isto é indiscutivelmente uma mensagem!
- Está louco!
Smith levantou-se e espumava de indignação. McHeldon divertiu-se:
- Por que diz isso, nobre colega?
- Por que? Ainda pergunta, McHeldon? Porque é loucura, apenas isso!
- Será mesmo?
McHeldon levantou-se e caminhou até a ponta da mesa. Todos já haviam reparado em uma toalha cobrindo um objeto quadrado que agora ele removia, descobrindo um tablete de pedra com pouco mais de um metro de lado.
Em seu topo, inscrições separadas em cinco campos.
- Trata-se, meus amigos – disse McHeldon em tom triunfal – da versão dos alienígenas para a Pedra de Roseta. Isto é escrita cuneiforme babilônica, isto é qlork primordial, ankor antigo, e aqui temos verusiano pré-Caristano.
Os demais ficaram boquiabertos. Smith pôs-se a examinar o supreendente achado com voracidade, no momento em que McHeldon acrescentou:
- E, naturalmente, aqui temos o alfabeto dos estranhos...
Apresentou ainda uma tradução do tablete para o idioma corrente. Torres e Smith leram, e o militar perguntou:
- McHeldon, quer dizer que conseguiu traduzir a linguagem dos alienígenas e não avisou a Terra?
- Poderia ter obtido todo o apoio que sempre quis! – acrescentou Smith.
- Certamente seria definitivamente considerado louco e silenciado! – respondeu McHeldon. – Ou vai mesmo admitir que pretende informar a Academia, Smith? Não me tome por bobo! Sei o quanto seu ego deve estar ferido...
Não pôde prosseguir. O telão do salão de reuniões se iluminou, e a Capitã Yamamoto disse que uma nave qlork se aproximava.
- Irei até aí! – disse Torres decidido. Virou-se para os cientistas e acrescentou: - E vocês dois não façam nada!
A naveta aportou no hangar do cruzador no instante em que os qlorks saíram do hiperespaço. Os reptilianos perguntaram as razões de sua presença, e Torres ordenou responder:
- Diga a eles que estamos em espaço livre, realizando pesquisas científicas.
A transmissão foi feita e a outra nave, bem menor que a Midway, manobrou e se manteve a distância. Ainda dentro do alcance de suas armas, mas os oficiais da ponte confirmaram que seus campos defensivos não foram acionados.
Exatamente por isso o que ocorreu depois foi muito rápido. Uma oficial de rastreamento tentou avisar ao mesmo tempo que uma segunda nave chegava. Era uma corveta verusiana, que imediatamente abriu fogo sobre a nave qlork.
- Mas o que estão fazendo!? – disse a capitã Yamamoto. – Abram um canal com os verusianos!
Quando o capitão verusiano surgiu na tela, Yamamoto inquiriu o que estava fazendo, reclamando que atiraram sem necessidade, pois os qlorks não haviam feito qualquer provocação.
- Capitã Yamamoto – disse o verusiano. – Os qlorks há muito tempo tem sido um grande problema para nossos povos, e diante de sua presença aqui logicamente consideramos o pior.
O rastreamento voltou a informar, dando conta de que três grandes unidades qlorks se aproximavam. Em menos de um minuto surgiam a cem mil quilômetros de distância, e desta vez acionaram suas defesas imediatamente.
- Toda a guarnição, postos de combate!
Torres parecia muito seguro quando se adiantou e deu a ordem, mas para sua grande surpresa Yamamoto o cortou:
- Almirante, o que tem na cabeça?
- Como é, Capitã?
- Os qlorks nos superam em número, mesmo com naves menores que a Midway. Os verusianos os atacaram sem provocação, temos que dizer-lhes o que houve!
- Está maluca!? Há mais de sete décadas eles nos atacam, e você quer negociar? Volto a dizer, ergam as defesas e preparem os canhões e lançadores de mísseis!
- Ignorem essa ordem! Segurança para a ponte!
- Como ousa!? Sua insolente, irá a Corte Marcial por isso!
Os seguranças chegaram e mantiveram o Torres em um canto. Os oficiais de comunicações disseram que a nave qlork atingida sofrera severos danos e não conseguia se comunicar.
Yamamoto enviou uma mensagem aos demais reptilianos, explicando o que acontecera. Mas assim que terminou de falar e diante da contínua aproximação dos qlorks, os verusianos manobraram.
- Capitã, os verusianos estão se dirigindo para a nave danificada, com as armas apontadas!
- Manobrar! Nos coloquem entre os verusianos e eles!
O imenso cruzador espacial manobrou e rapidamente se posicionou como um escudo diante dos qlorks. Os verusianos ainda mantinham as armas apontadas, quando Yamamoto ordenou:
- Mirar a nave verusiana com todas as armas. Vamos ver se assim eles desistem!
De fato, minutos depois os verusianos alteraram sua trajetória tentando escapar. Uma das naves qlork os bloqueou, e eles tiveram que estacionar a espera dos acontecimentos.
Yamamoto ordenou que duas navetas se dirigissem a nave danificada a fim de prestar auxílio. Ia se dirigir aos comandantes qlork quando uma outra transmissão surgiu na tela:
- Olá a todos. Sou o Doutor Cale McHeldon, o líder da equipe científica terrestre que estuda este mundo, que batizamos como Andarilho.
- Tem certeza que essa é a melhor forma...
- Smith, essa gente está a ponto de se fazer em pedaços, é nossa única opção, quer calar a boca! ?
- McHeldon, não! – gritou Torres, apenas para ser contido pelos seguranças.
- Capitã, devemos bloquear...
- Nem pense nisso, Tenente! Deixe o Doutor falar.
McHeldon fez uma longa explanação, apresentando as impressionantes provas do que dizia. Os qlorks ficaram visivelmente surpresos, e solicitaram permissão para visitar o planeta. Torres finalmente voltou a razão, já que não havia alternativa diante de sua superioridade numérica.
Os verusianos, por outro lado, até tentaram bloquear a transmissão de McHeldon, mas Yamamoto lhes avisou que desistissem, e a ameaça das armas terrestres e qlorks foi mais que suficiente para que ficassem quietos. Ficou claro que eles há muito já sabiam da existência de Andarilho.
Naves terrestres chegaram dali a dois dias, junto a mais unidades qlorks. Os verusianos embora convidados, desistiram de participar e de prestar maiores esclarecimentos. Torres e Smith voltaram a Terra a fim de apresentar um detalhado relatório ao governo, enquanto Yamamoto permaneceu na região como negociadora especial junto a República Qlork.
Os verusianos acabaram se tornando um problema, pois afinal foi descoberto que seu governo era liderado por fanáticos que viam Andarilho e o aglomerado globular como local sagrado. Ataques contra naves qlork e terrenas começaram a ocorrer, ao mesmo tempo que surgiam notícias de que uma guerra civil começava em Verus. Terrenos e qlorks se mantiveram adiante na guerra de informações, e notícias sobre as descobertas em Andarilho eram transmitidas ininterruptamente para lá.
- Parece que trocamos um problema por outro – disse Smith.
McHeldon surpreendeu-se com o tom amistoso do colega, e respondeu:
- Quem diria, agora a Academia está me oferecendo um posto na alta cúpula!
- Você fez por merecer.
- Ora, é uma grande mudança para você, Smith, parabéns!
O outro ignorou a ironia. Caminharam até um salão recém descoberto nas ruínas, e Smith disse:
- Estava certo em seu relatório inicial, percebeu? Já recebemos mensagens da facção rebelde de Verus, pedindo nosso auxílio para derrubar seu governo. Os qlorks, após quase um século, se tornaram nossos aliados. Seria essa a intenção dos extragaláticos?
- Mas o que estou a ponto de lhe mostrar, caro colega, pode mudar tudo novamente!
Soldados montavam guarda diante do que pareceu a Smith apenas uma parede rochosa. McHeldon olhou para o colega, e pousou a mão sobre uma determinada área da parede.
Duas metades de uma imensa porta escorregaram para trás e abriram para dentro, expondo um grande compartimento. Smith abriu a boca para falar, mas permaneceu em silêncio diante do maquinário incompreensível que preenchia o lugar.
McHeldon caminhou tranquilamente para o centro do grande aposento, onde se via um dispositivo que parecia um console. Aparentemente já decifrara alguns dos comandos, pois fez surgir um mapa holográfico infinitamente mais sofisticado que os deles, mostrando toda a Galáxia.
Alguns pontos piscavam, unidos por linhas que claramente eram rotas de navegação.
- Meu Deus! – exclamou Smith. – Ainda estão vivos! Ainda estão aqui!
- Sim, meu amigo – disse McHeldon preocupado. – A grande questão agora é, devemos informar nossos aliados? E até mesmo nosso governo e corpo científico?
O ponto mais próximo do mapa não distava mais de cem anos-luz da localização de Andarilho.
- E quais serão as consequências dessa revelação? – finalizou McHeldon.

Um conto que escrevi há tempos para iniciar a semana, espero que gostem. Nesta terça adiantaremos o texto da série Superpato 50 Anos por motivos operacionais, mas semana que vem retorna a programação normal!
Até a próxima!

quarta-feira, 13 de março de 2019

Superpato Novas Aventuras parte 5

SUPERPATO 50 ANOS

PKNA 7 Invasione!
Invasão


Depois de sair em PKNA 7 em 20 de junho de 1997, Invasão saiu aqui no número 5 de Novas Aventuras em agosto de 1998. E sim, por algum motivo a editora considerou que era preferível pular PKNA 6, cujo título é Spores, e que faz falta aqui como algumas cenas denunciam.


O time de rúgbi de Patópolis, o Duckmaze, vai disputar algumas partidas na Nova Zelândia, e é claro que Angus Fangus foi escalado pelo 00 Channel para cobrir a viagem e as partidas. E apesar de aquele ser seu país, o intrépido jornalista odeia o esporte nacional, “um esporte grosseiro para gente grosseira”. Angus desta vez me representa!


Enquanto isso Donald e Um estão às voltas com a invasão evroniana, e o pato está mais exigente que de costume com o amigo cibernético, querendo encontrar outros locais onde os esporos evronianos surgiram depois de encontrá-los no deserto próximo a Patópolis... e sim, a história “pulada” pela Abril em 1998 continua fazendo falta. Por cima, uma caixa de texto aponta que o leitor deve procurar no número 2 de Novas Aventuras, onde não há nada sobre os alienígenas. Que coisa feia! Mas não se preocupem, falaremos dela na próxima parte!

Donald dá a ideia de Um se conectar a bancos de dados de hospitais e procurar por casos envolvendo risco biológico alto, como o que encontraram antes. A I.A. diz que conviver com inteligências superiores deve ter um efeito positivo, e Donald comenta que desde que o conheceu Um se desenvolveu muito. A inteligência artificial descobre dois pacientes maoris do clã de Cape Dominion em Mansfield, Nova Zelândia, e para lá nosso herói parte.


Nisso, a equipe do 00 Channel discute o sumiço de Angus, enquanto o repórter usa uma carteira falsa para entrar em um prédio de escritórios. Não demora e ele está diante de Fenimore Cook, empresário que logo descobrimos ser um desafeto de longa data de Fangus. Com ele, a máscara vista no número 1, Sombras sobre Vênus, mas era o disquete escondido nela o mais importante, repleto de informações comprometedoras que Cook destrói. O empresário promete se vingar tirando as terras do clã de Angus, e este responde que a luta ainda não terminou.

Quando o Superpato chega a Cape Dominion se surpreende por descobrir guardas armados no local. Eles estão ali para proteger Nebula Faraday, que fala à comunidade maori a respeito de “senhores cósmicos”. Ela afirma que esses seres alienígenas irão estabelecer seu reino ali, e o grupo ocupará o lugar de seus favoritos, traçando o destino de todo o mundo. Como sinal vindo da maior montanha da região, ela exibe um esporo evroniano, do qual nascem os centuriões daquele povo. Evidentemente o Superpato fica alarmado.


Nosso herói ruma para a montanha, encontra os invasores e com eles luta, mas é derrubado antes de ser resgatado por uma figura misteriosa. Nisso Angus chega à ilha sul do país, enquanto rememora os motivos de ter se transferido para Patópolis. Na época ele investigava o despejo de lixo tóxico na reserva natural de Cape Dominion, sua terra natal, e seguindo a dica de Taratoa (lembram-se dele em Sombras sobre Vênus?) descobre que o responsável é o empresário Fenimore Cook. Fangus reuniu provas contra ele, mas se comprometeu a não revelá-las se Cape Dominion fosse deixada em paz.

Descobrimos que Rangi Fangus (ou Teca Jones na tradução de 1998) resgatou o Superpato, explicando que era a líder dos maori da região antes da chegada de Nebula. Rangi testemunhou a chegada dos alienígenas, e pouco depois a de Faraday, que passou a manipular o povo quase como uma líder de seita.

Angus finalmente chega a sua aldeia natal, a tempo de ver Nebula e seus asseclas embarcando em um dirigível, o Dominion, fornecido pelo mesmo Cook que é seu grande inimigo. A aeronave irá sobrevoar o jogo de rúgbi com o time de Patópolis a fim de Nebula proferir seu discurso, porém o plano do empresário é explodi-lo, fazendo com que os maori sejam tomados por terroristas e por fim se apossando de suas terras.


E é nesse momento que chegam Rangi, Superpato, e logo depois os evronianos. Após uma luta feroz nosso herói e seus novos amigos expulsam os invasores, e depois ele corre até o estádio para impedir a catástrofe. Claro que Angus está a bordo, e o Superpato precisa salvá-lo junto a toda a tripulação. Um utiliza um dispositivo do jato para enviar o dirigível para o alto, a tempo de interceptar a nave principal evroniana em fuga.

Donald, de volta ao quartel-general na Ducklair Tower, lamenta por não ter localizado os demais esporos evronianos, e também por não ter reunido provas contra Fenimore Cook. Nebula Faraday igualmente desapareceu, retornando como peão dos evronianos em Poder e Potência, mas em contrapartida, o encontro de Angus Fangus e Rangi, sua mãe, foi bastante emotivo.


Uma trama importante por evidenciar o perigo da colonização evroniana, e explorar o passado de Angus Fangus, que tem um papel fundamental na série. Além disso várias locações visitadas na Nova Zelândia foram também usadas como cenário de certa Trilogia do Anel, podem conferir!

PKNA 8 Silicio
Silício


Publicada em PKNA 8 em 20 de julho de 1997. Aqui foi o número 6 de Superpato – Novas Aventuras, lançada em setembro de 1998. Esta edição traz a devastadora nota em seu final: “A revista Superpato – Novas Aventuras chegou a sua última edição. Mas não desanime, caro leitor, pois o herói mais poderoso do universo continuará sua batalha no século 23 e quem sabe, um dia, ele volte ao nosso tempo para nos contar suas aventuras”. Se tivesse lido essa passagem na época teria ficado devastado!


É oportuno aqui comentar que somente mais de uma década depois, conforme apresentamos na parte 1 deste especial, o universo de ficção científica do Superpato retornaria às nossas bancas. Após a Disney Big 18 e o especial As Novas Aventuras do Superpato - A Origem serem publicados, as histórias da fase mais recente tiveram uma presença quase regular nas edições da Abril.

Ainda restam inéditas as tramas da série seguinte, PK2, com episódios bem mais seriados e concentrados no passado de Everett Ducklair. A terceira série, PK – Pikkapa, pretendia ser um reboot mas não teve continuidade. A série atual, PKNE ou Superpato Nova Era, parte de onde parou PK2.

Poder e Potência, na Mega Disney 7, abriu essa série no Brasil. A história seguinte foi publicada na Topolino 3102 a 3105, Gli Argini del Tempo, aqui batizada como O Fluxo Temporal na Disney Big 46. Il Raggio Nero saiu na Topolino 3127 a 3131, e aqui na Disney Big 38 como O Raio Negro (sim, fora de ordem). O extraordinário crossover entre Superpato e Donald Duplo, que serviu como reboot do espião, saiu como Crime Temporal na Disney Big 43, depois de publicado em Topolino 3153 e 3154 como PK x DD – Timecrime. Outras quatro histórias ainda permanecem inéditas aqui, Cronaca de um ritorno, il marchio de Moldrock, L´orizzonte degli eventi e Droidi.

Espero que o pessoal da Culturama esteja anotando tudo, claro!


No começo de Silício é verão e faz um calorão em Patópolis. Na zona rural o fazendeiro Norman Bates Russel conversa com seu cão a respeito de suas abóboras, que são estranhas mas estão crescendo bem. E é claro que a referência a Psicose não escapou dos leitores, não é?


Enquanto na redação do 00 Channel o diretor briga com Angus Fangus, que precisa tirar suas férias como manda o contrato, Donald chega à Ducklair Tower. O Tio Patinhas está lá e pensa em demitir o sobrinho da função de zelador, mas prefere que ele fique já que boa parte dos inquilinos está de férias. O pato chega ao secreto 151º andar (e saiu 150 na edição brasileira, pena) para desfrutar do ar condicionado, da companhia do amigo Um e das notícias. A principal é que as empresas Patus Ltda. e as Empresas Gansus estão de fundindo, iniciando por suas redes de informática. O que ninguém sabe é que algo muito sombrio está crescendo nos computadores das duas empresas.

Nesse meio tempo as “abóboras” de Russel continuam a se desenvolver. No Cinturão de Asteroides uma nave evroniana capta o fenômeno, e seu comandante diz que aqueles esporos não devem ser desperdiçados. Chega a noite e a hora da patrulha do Superpato, e em seu Patocar (ou SP-Car) descobre um objeto estranho decolando do teto da Tecnofinanceira Patopolitana. A perseguição se torna um problema para nosso herói quando seu veículo é atingido, e o estranho se evade. Este ainda consegue captar um sinal do espaço dirigido à fazenda de Norman Bates (por sinal, podemos dizer que ele aparece em PKNA 6 – Spore, e tem contato com Angus Fangus). E então o fazendeiro é procurado por um estranho via telefone, que deseja comprar todo o estoque de “abóboras”, ou esporos evronianos.

Enquanto Angus tenta suportar a monotonia das férias, Donald e Um buscam determinar o que está acontecendo, já que os computadores da Tecnofinanceira foram todos queimados. A I.A. ainda tem alguns problemas por alguém estar utilizando suas reservas de energia, e comenta que o ataque ao Patocar só poderia ser obra de uma tecnologia de nível similar a de Ducklair. Além disso a Tecnofinanceira Patopolitana era uma das empresas da holding de seu criador, bem como as anteriores companhias mencionadas.


Nisso o misterioso inimigo negocia os termos finais com Russel, no ponto em que os esporos eclodiram em larvas evronianas ou evronites. Donald sai para fazer compras e Um descobre que a anomalia que perseguem está em um prédio próximo, que abriga a Patin S.A., uma empresa do Tio Patinhas. Nosso pato consegue entrar utilizando artimanhas aprendidas nos longos anos de convivência com o muquirana, vasculha o lugar e encontra um veículo de assalto digerindo dados dos computadores locais. Em uma tela, um velho inimigo que pensavam estar deletado.

Dois!

O gêmeo maléfico de Um ainda não se recompôs totalmente, faltando as memórias onde estão descritos quem é o pato que o flagrou e a localização de sua I.A. gêmea. E claro que Angus, atento ao noticiário, percebe a presença de Donald ao lado do prédio onde se deu o novo e misterioso ataque.

Um revela a nosso herói que a Patin S.A. igualmente pertencia a Ducklair, deixando claro que Dois está perseguindo sua localização. Os prédios de todas essas empresas estão dispostos ao longo de uma linha ergogeorradial que é o local perfeito para explorar o potencial da dinâmica dos campos energéticos da Terra. Eles então estudam uma lista dessas empresas e dos locais já atacados para refinar sua estratégia, porém é a Ducklair Tower que Dois ataca a seguir.


Enquanto a I.A. maligna enfrenta nossos heróis, Russel chega à fábrica próxima a sua fazenda, onde entrega sua “colheita”. É para lá que Dois segue, sem saber que o Superpato o acompanhou. O monstro cibernético explica que, ao final de seu primeiro confronto, transmitiu a si mesmo pelas linhas telefônicas (quem lembra os duros tempos da internet discada?) e foi dividido entre inúmeros computadores. Somente a fusão das duas empresas, mencionada acima, proporcionou a ele a oportunidade de se remontar.

Dois exige saber mais a respeito dos alienígenas, mas SP nada diz, e nisso chegam os evronianos para levar os novos centuriões. Eles então atacam, Superpato foge, e todo o lugar é explodido pelos invasores. No retorno a pé para casa, com o uniforme de herói dobrado como uma mochila, Donald ainda provoca Angus, e encontra o Tio Patinhas na Ducklair Tower. Ele lamenta os prejuízos com os sistemas de informática das empresas que agora são suas, e comenta a respeito de arquivos clandestinos em seu centro de cálculos, a Compato. Para alívio de Donald, mandou deletar todos.

Os dois amigos, Donald e Um, comentam o episódio, e a I.A. lamenta por seu similar, sobre o qual tinha esperanças de trazer de volta à normalidade. Eles deixam a tristeza de lado e Um comenta que colocou Donald como candidato a zelador na redação do 00 Channel, a fim de que os dois possam manter a parceria. Nisso, a nave evroniana em fuga experimenta problemas em seu sistema de computadores, e em telas isoladas, a face vermelha de Dois aparece.

Mais uma trama que planta sementes para futuras histórias. E Norman Bates Russel também será outro personagem mencionado em Poder e Potência.


Essa foi, como já dissemos, a última história de Superpato – Novas Aventuras publicada no Brasil. A qualidade da revista, em termos de papel, tamanho e arte (confiram nas páginas já publicadas ao longo deste especial os formatos inovadores da disposição dos quadros), pode ser comparada a muito poucas das publicações da Abril até o final de sua parceria com a Disney. Foi realmente uma grande pena que essa série espetacular, que explorou com maestria alguns dos temas mais clássicos da ficção científica, não teve continuidade em nosso país.

Quem sabe com o reinício das publicações de quadrinhos Disney por meio da Editora Culturama isso possa ser revertido? Este escriba está na firme torcida para que as tramas de Superpato Nova Era tornem a ser publicadas, e quem sabe, já que sonhar ainda é livremente permitido, a já clássica Superpato – Novas Aventuras não possa vir a ter sequência em nosso país?

Mas aqui no Escritor com “R” a festa pelos 50 anos do Superpato prossegue com sua espetacular série de ficção científica, que igualmente chegou a 50 edições! Semana que vem falaremos de Spore, e do primeiro especial anual desse universo.

Até a próxima!