quarta-feira, 13 de março de 2019

Superpato Novas Aventuras parte 5

SUPERPATO 50 ANOS

PKNA 7 Invasione!
Invasão


Depois de sair em PKNA 7 em 20 de junho de 1997, Invasão saiu aqui no número 5 de Novas Aventuras em agosto de 1998. E sim, por algum motivo a editora considerou que era preferível pular PKNA 6, cujo título é Spores, e que faz falta aqui como algumas cenas denunciam.


O time de rúgbi de Patópolis, o Duckmaze, vai disputar algumas partidas na Nova Zelândia, e é claro que Angus Fangus foi escalado pelo 00 Channel para cobrir a viagem e as partidas. E apesar de aquele ser seu país, o intrépido jornalista odeia o esporte nacional, “um esporte grosseiro para gente grosseira”. Angus desta vez me representa!


Enquanto isso Donald e Um estão às voltas com a invasão evroniana, e o pato está mais exigente que de costume com o amigo cibernético, querendo encontrar outros locais onde os esporos evronianos surgiram depois de encontrá-los no deserto próximo a Patópolis... e sim, a história “pulada” pela Abril em 1998 continua fazendo falta. Por cima, uma caixa de texto aponta que o leitor deve procurar no número 2 de Novas Aventuras, onde não há nada sobre os alienígenas. Que coisa feia! Mas não se preocupem, falaremos dela na próxima parte!

Donald dá a ideia de Um se conectar a bancos de dados de hospitais e procurar por casos envolvendo risco biológico alto, como o que encontraram antes. A I.A. diz que conviver com inteligências superiores deve ter um efeito positivo, e Donald comenta que desde que o conheceu Um se desenvolveu muito. A inteligência artificial descobre dois pacientes maoris do clã de Cape Dominion em Mansfield, Nova Zelândia, e para lá nosso herói parte.


Nisso, a equipe do 00 Channel discute o sumiço de Angus, enquanto o repórter usa uma carteira falsa para entrar em um prédio de escritórios. Não demora e ele está diante de Fenimore Cook, empresário que logo descobrimos ser um desafeto de longa data de Fangus. Com ele, a máscara vista no número 1, Sombras sobre Vênus, mas era o disquete escondido nela o mais importante, repleto de informações comprometedoras que Cook destrói. O empresário promete se vingar tirando as terras do clã de Angus, e este responde que a luta ainda não terminou.

Quando o Superpato chega a Cape Dominion se surpreende por descobrir guardas armados no local. Eles estão ali para proteger Nebula Faraday, que fala à comunidade maori a respeito de “senhores cósmicos”. Ela afirma que esses seres alienígenas irão estabelecer seu reino ali, e o grupo ocupará o lugar de seus favoritos, traçando o destino de todo o mundo. Como sinal vindo da maior montanha da região, ela exibe um esporo evroniano, do qual nascem os centuriões daquele povo. Evidentemente o Superpato fica alarmado.


Nosso herói ruma para a montanha, encontra os invasores e com eles luta, mas é derrubado antes de ser resgatado por uma figura misteriosa. Nisso Angus chega à ilha sul do país, enquanto rememora os motivos de ter se transferido para Patópolis. Na época ele investigava o despejo de lixo tóxico na reserva natural de Cape Dominion, sua terra natal, e seguindo a dica de Taratoa (lembram-se dele em Sombras sobre Vênus?) descobre que o responsável é o empresário Fenimore Cook. Fangus reuniu provas contra ele, mas se comprometeu a não revelá-las se Cape Dominion fosse deixada em paz.

Descobrimos que Rangi Fangus (ou Teca Jones na tradução de 1998) resgatou o Superpato, explicando que era a líder dos maori da região antes da chegada de Nebula. Rangi testemunhou a chegada dos alienígenas, e pouco depois a de Faraday, que passou a manipular o povo quase como uma líder de seita.

Angus finalmente chega a sua aldeia natal, a tempo de ver Nebula e seus asseclas embarcando em um dirigível, o Dominion, fornecido pelo mesmo Cook que é seu grande inimigo. A aeronave irá sobrevoar o jogo de rúgbi com o time de Patópolis a fim de Nebula proferir seu discurso, porém o plano do empresário é explodi-lo, fazendo com que os maori sejam tomados por terroristas e por fim se apossando de suas terras.


E é nesse momento que chegam Rangi, Superpato, e logo depois os evronianos. Após uma luta feroz nosso herói e seus novos amigos expulsam os invasores, e depois ele corre até o estádio para impedir a catástrofe. Claro que Angus está a bordo, e o Superpato precisa salvá-lo junto a toda a tripulação. Um utiliza um dispositivo do jato para enviar o dirigível para o alto, a tempo de interceptar a nave principal evroniana em fuga.

Donald, de volta ao quartel-general na Ducklair Tower, lamenta por não ter localizado os demais esporos evronianos, e também por não ter reunido provas contra Fenimore Cook. Nebula Faraday igualmente desapareceu, retornando como peão dos evronianos em Poder e Potência, mas em contrapartida, o encontro de Angus Fangus e Rangi, sua mãe, foi bastante emotivo.


Uma trama importante por evidenciar o perigo da colonização evroniana, e explorar o passado de Angus Fangus, que tem um papel fundamental na série. Além disso várias locações visitadas na Nova Zelândia foram também usadas como cenário de certa Trilogia do Anel, podem conferir!

PKNA 8 Silicio
Silício


Publicada em PKNA 8 em 20 de julho de 1997. Aqui foi o número 6 de Superpato – Novas Aventuras, lançada em setembro de 1998. Esta edição traz a devastadora nota em seu final: “A revista Superpato – Novas Aventuras chegou a sua última edição. Mas não desanime, caro leitor, pois o herói mais poderoso do universo continuará sua batalha no século 23 e quem sabe, um dia, ele volte ao nosso tempo para nos contar suas aventuras”. Se tivesse lido essa passagem na época teria ficado devastado!


É oportuno aqui comentar que somente mais de uma década depois, conforme apresentamos na parte 1 deste especial, o universo de ficção científica do Superpato retornaria às nossas bancas. Após a Disney Big 18 e o especial As Novas Aventuras do Superpato - A Origem serem publicados, as histórias da fase mais recente tiveram uma presença quase regular nas edições da Abril.

Ainda restam inéditas as tramas da série seguinte, PK2, com episódios bem mais seriados e concentrados no passado de Everett Ducklair. A terceira série, PK – Pikkapa, pretendia ser um reboot mas não teve continuidade. A série atual, PKNE ou Superpato Nova Era, parte de onde parou PK2.

Poder e Potência, na Mega Disney 7, abriu essa série no Brasil. A história seguinte foi publicada na Topolino 3102 a 3105, Gli Argini del Tempo, aqui batizada como O Fluxo Temporal na Disney Big 46. Il Raggio Nero saiu na Topolino 3127 a 3131, e aqui na Disney Big 38 como O Raio Negro (sim, fora de ordem). O extraordinário crossover entre Superpato e Donald Duplo, que serviu como reboot do espião, saiu como Crime Temporal na Disney Big 43, depois de publicado em Topolino 3153 e 3154 como PK x DD – Timecrime. Outras quatro histórias ainda permanecem inéditas aqui, Cronaca de um ritorno, il marchio de Moldrock, L´orizzonte degli eventi e Droidi.

Espero que o pessoal da Culturama esteja anotando tudo, claro!


No começo de Silício é verão e faz um calorão em Patópolis. Na zona rural o fazendeiro Norman Bates Russel conversa com seu cão a respeito de suas abóboras, que são estranhas mas estão crescendo bem. E é claro que a referência a Psicose não escapou dos leitores, não é?


Enquanto na redação do 00 Channel o diretor briga com Angus Fangus, que precisa tirar suas férias como manda o contrato, Donald chega à Ducklair Tower. O Tio Patinhas está lá e pensa em demitir o sobrinho da função de zelador, mas prefere que ele fique já que boa parte dos inquilinos está de férias. O pato chega ao secreto 151º andar (e saiu 150 na edição brasileira, pena) para desfrutar do ar condicionado, da companhia do amigo Um e das notícias. A principal é que as empresas Patus Ltda. e as Empresas Gansus estão de fundindo, iniciando por suas redes de informática. O que ninguém sabe é que algo muito sombrio está crescendo nos computadores das duas empresas.

Nesse meio tempo as “abóboras” de Russel continuam a se desenvolver. No Cinturão de Asteroides uma nave evroniana capta o fenômeno, e seu comandante diz que aqueles esporos não devem ser desperdiçados. Chega a noite e a hora da patrulha do Superpato, e em seu Patocar (ou SP-Car) descobre um objeto estranho decolando do teto da Tecnofinanceira Patopolitana. A perseguição se torna um problema para nosso herói quando seu veículo é atingido, e o estranho se evade. Este ainda consegue captar um sinal do espaço dirigido à fazenda de Norman Bates (por sinal, podemos dizer que ele aparece em PKNA 6 – Spore, e tem contato com Angus Fangus). E então o fazendeiro é procurado por um estranho via telefone, que deseja comprar todo o estoque de “abóboras”, ou esporos evronianos.

Enquanto Angus tenta suportar a monotonia das férias, Donald e Um buscam determinar o que está acontecendo, já que os computadores da Tecnofinanceira foram todos queimados. A I.A. ainda tem alguns problemas por alguém estar utilizando suas reservas de energia, e comenta que o ataque ao Patocar só poderia ser obra de uma tecnologia de nível similar a de Ducklair. Além disso a Tecnofinanceira Patopolitana era uma das empresas da holding de seu criador, bem como as anteriores companhias mencionadas.


Nisso o misterioso inimigo negocia os termos finais com Russel, no ponto em que os esporos eclodiram em larvas evronianas ou evronites. Donald sai para fazer compras e Um descobre que a anomalia que perseguem está em um prédio próximo, que abriga a Patin S.A., uma empresa do Tio Patinhas. Nosso pato consegue entrar utilizando artimanhas aprendidas nos longos anos de convivência com o muquirana, vasculha o lugar e encontra um veículo de assalto digerindo dados dos computadores locais. Em uma tela, um velho inimigo que pensavam estar deletado.

Dois!

O gêmeo maléfico de Um ainda não se recompôs totalmente, faltando as memórias onde estão descritos quem é o pato que o flagrou e a localização de sua I.A. gêmea. E claro que Angus, atento ao noticiário, percebe a presença de Donald ao lado do prédio onde se deu o novo e misterioso ataque.

Um revela a nosso herói que a Patin S.A. igualmente pertencia a Ducklair, deixando claro que Dois está perseguindo sua localização. Os prédios de todas essas empresas estão dispostos ao longo de uma linha ergogeorradial que é o local perfeito para explorar o potencial da dinâmica dos campos energéticos da Terra. Eles então estudam uma lista dessas empresas e dos locais já atacados para refinar sua estratégia, porém é a Ducklair Tower que Dois ataca a seguir.


Enquanto a I.A. maligna enfrenta nossos heróis, Russel chega à fábrica próxima a sua fazenda, onde entrega sua “colheita”. É para lá que Dois segue, sem saber que o Superpato o acompanhou. O monstro cibernético explica que, ao final de seu primeiro confronto, transmitiu a si mesmo pelas linhas telefônicas (quem lembra os duros tempos da internet discada?) e foi dividido entre inúmeros computadores. Somente a fusão das duas empresas, mencionada acima, proporcionou a ele a oportunidade de se remontar.

Dois exige saber mais a respeito dos alienígenas, mas SP nada diz, e nisso chegam os evronianos para levar os novos centuriões. Eles então atacam, Superpato foge, e todo o lugar é explodido pelos invasores. No retorno a pé para casa, com o uniforme de herói dobrado como uma mochila, Donald ainda provoca Angus, e encontra o Tio Patinhas na Ducklair Tower. Ele lamenta os prejuízos com os sistemas de informática das empresas que agora são suas, e comenta a respeito de arquivos clandestinos em seu centro de cálculos, a Compato. Para alívio de Donald, mandou deletar todos.

Os dois amigos, Donald e Um, comentam o episódio, e a I.A. lamenta por seu similar, sobre o qual tinha esperanças de trazer de volta à normalidade. Eles deixam a tristeza de lado e Um comenta que colocou Donald como candidato a zelador na redação do 00 Channel, a fim de que os dois possam manter a parceria. Nisso, a nave evroniana em fuga experimenta problemas em seu sistema de computadores, e em telas isoladas, a face vermelha de Dois aparece.

Mais uma trama que planta sementes para futuras histórias. E Norman Bates Russel também será outro personagem mencionado em Poder e Potência.


Essa foi, como já dissemos, a última história de Superpato – Novas Aventuras publicada no Brasil. A qualidade da revista, em termos de papel, tamanho e arte (confiram nas páginas já publicadas ao longo deste especial os formatos inovadores da disposição dos quadros), pode ser comparada a muito poucas das publicações da Abril até o final de sua parceria com a Disney. Foi realmente uma grande pena que essa série espetacular, que explorou com maestria alguns dos temas mais clássicos da ficção científica, não teve continuidade em nosso país.

Quem sabe com o reinício das publicações de quadrinhos Disney por meio da Editora Culturama isso possa ser revertido? Este escriba está na firme torcida para que as tramas de Superpato Nova Era tornem a ser publicadas, e quem sabe, já que sonhar ainda é livremente permitido, a já clássica Superpato – Novas Aventuras não possa vir a ter sequência em nosso país?

Mas aqui no Escritor com “R” a festa pelos 50 anos do Superpato prossegue com sua espetacular série de ficção científica, que igualmente chegou a 50 edições! Semana que vem falaremos de Spore, e do primeiro especial anual desse universo.

Até a próxima!

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