SUPERPATO 50 ANOS
Antes de iniciar mais este artigo como parte da série Superpato Novas Aventuras, é necessário comentar que estamos em meio a datas importantíssimas e históricas para os fãs da Disney!
A primeira, evidentemente, é 9 de junho, este último domingo, quando nosso pato preferido completou 85 anos! A estreia de Donald se deu em um desenho animado, A Galinha Espertalhona (The Wise Little Hen), que apresentamos abaixo!
Pouco depois Ted Osborne e Al Taliaferro adaptaram esse filme para os quadrinhos, e produziram ainda mais tiras com Donald, que se firmou como um dos mais fascinantes e mais humanos personagens das HQs!
E a segunda data foi dia 8 de junho, e neste último sábado comemorou-se os 50 anos de publicação da primeira parte de Superpato: O Diabólico Vingador, trama que mudaria a vida de nosso amado pato para sempre! A primeira parte da história foi publicada em Topolino 706, e foi completada em 15 de junho de 1969 na Topolino 707. Aqui no Brasil saiu primeiro em Almanaque Disney 27 com mudanças e teve várias publicações, as mais recentes, já na versão sem cortes, em Superpato 40 Anos, Superpato: O Legado, e Lendas Disney 1, esta última que analisamos no Corujice Literária.
Além de sugerir a leitura do artigo Superpato e o Fluxo do Tempo, ainda posso registrar que a comemoração deve se estender também a Fantomius, que foi mencionado de passagem em O Diabólico Vingador, permanecendo um mistério por anos a fio até ser magistralmente explorado nas sensacionais histórias de outro mestre Disney, Marco Gervasio. Neste link está a parte 8 do especial anterior com Fantomius, e ali estão todos os caminhos para os demais textos a respeito do Ladrão de Casaca.
Lá na Itália as comemorações já começaram, a Topolino 3315 chegou às bancas italianas semana passada com uma linda estatueta dourada de Donald, e na história Paperino contro Paperino, nada menos que quatro alter-egos de nosso herói, incluindo Superpato (versão clássica e Novas Aventuras) e DonaldDuplo, se encontram!
Já a Topolino 3316 trará uma história, elaborada por ele de novo, Marco Gervasio, recontando a gênese do Superpato sob outro ponto de vista. O editor da Culturama, Paulo Maffia, prometeu no evento Guia dos Quadrinhos que essa história deverá sair em pouco tempo aqui no Brasil. Eu estou ansioso, e vocês?
E evidentemente vocês repararam na linda capa que abre este texto, da Paperinik Appgrade 81. Olhem de novo. Perceberam a Vila Rosa ao fundo da imagem de nossos heróis, e no logotipo 50 Anni na parte de baixo? Às vezes dá uma inveja dos italianos... Neste link vocês tem mais informações dessa edição.
Quero estender os maiores agradecimentos a todos os artistas que tornaram tanto o Donald quanto o Superpato os melhores personagens da Casa Disney, e parabenizar nossos queridos patos pelas datas! Que venham muitos e muitos anos de mais aventuras e boas risadas a todos nós! E agora, sigamos com nossa série!
Pkna 28 Metamorfosi
Foi em 20 de março de 1999 a primeira publicação desta trama, que permanece inédita tanto no Brasil quanto em Portugal. As primeiras quatro páginas mostram paisagens extraterrestres no quadro no topo delas, todas vinculadas a Xerba, o mundo de origem de Xadhoom, enquanto na redação do 00 Channel acontece uma confusão entre Donald e Angus Fangus, só para variar. Os quadros superiores falam em dor, amizade, liberdade e amor.
Nisso, as luzes da Ducklair Tower se apagam, e o único ali que sabe o real motivo é o Donald. Nosso pato corre ao 151º andar, e Um o informa que a barreira de contenção que usaram para abrigar a alienígena não funcionou como devia. O rombo que a amiga abriu na parede danificou ainda o sistema elétrico, razão da queda de energia. Há referências à aventura anterior com a xerbiana, em Pkna 17. A alienígena se culpa pelo destino de Xerba, já que ela apoiou as negociações com os evronianos quando era uma das principais cientistas daquele mundo.
Rapidamente o cenário muda, e em telas de TV no lugar de quadrinhos (referência, claro, a O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller) Mike Morrighan narra o aparecimento de uma força invasora que a polícia não consegue conter. Mas estes evronianos são bem diferentes, muito mais fortes do que o normal de sua raça. Xadhoom aparece a seu estilo, detonando tudo, mas entre os escravos chamas frias dos inimigos pensa reconhecer Xari, alguém muito próximo a ela em Xerba.
Superpato e Um, este pilotando remotamente o Spcar, chegam para ajudar, mas esses evronianos são selvagens e causam muito estrago. Uma nave chega, e nossos heróis ficam cercados, mas surpreendentemente os selvagens são levados embora. Nisso, Xadhoom lembra de seus tempos em Xerba antes de acordar no andar secreto da Ducklair Tower. Uma tensa conversa entre ela, Superpato e Um faz parecer que a alienígena imensamente poderosa irá perder definitivamente o controle e explodir, quando algo surpreendente acontece.
Xadhoom começa a chorar. Um determina que a alienígena está passando por um tipo de mutação física e psicológica, e não sabe qual será o resultado disso. Ela volta a conversar com eles, dizendo que reconheceu Xari entre os chamas frias, e afirma: “Por ele eu desafiei a matéria, explorando o caos primordial de mundos não nascidos. No final, eu parei de procurá-lo e comecei a ter esperanças de nunca mais vê-lo. Eu enganei a mim mesma. Em um instante ele extinguiu minha chama, me deixando no frio. Tão frio”.
Sim, estamos falando de uma história absolutamente essencial para conhecermos melhor Xadhoom, uma das aliadas mais poderosas do Superpato!
Enquanto isso Raghor, líder dos evronianos selvagens, discute com Zortag, comandante daquele grupo de combate do Império. Raghor e seus companheiros são mutantes, experimentos para criação de soldados mais ferozes e resistentes. Zortag não admite a independência dos mutantes, que atacaram em Patópolis sem receberem ordens, e recebeu ordens de levá-los de volta a Evron.
Xadhoom surpreende novamente, e pede comida a Donald. Assistimos a mais cenas dela com Xari em Xerba, e finalmente nosso pato a ajuda a se disfarçar pois a alienígena quer dar uma volta. Claro que para isso ele usa a sala de maquiagem do 00 Channel, e claro que Angus Fangus aparece nessa hora. O repórter insiste em conhecê-la, até que arranca seus óculos escuros. Xadhoom responde com seu “toque feminino” e ameaça até Donald, que não para de olhar para ela. Finalmente o pato responde que os olhos da amiga são mesmo lindos. Por sinal, lembram que nosso herói chama a amiga de “olhos bonitos” o tempo todo, claro. A mutação fez a aparência deles retornar ao normal.
Enquanto Donald argumenta com Angus, Xadhoom se olha no espelho, com direito até a poses. E ela aceita o convite do repórter para o baile de entrega do Prêmio Newsduck, o mais importante do jornalismo em Patópolis, se apresentando como Doutora Xado (seu nome original em Xerba). Depois, andando pela cidade com Donald, Xadhoom admira aquele mundo tão diferente do seu, mas ainda assim familiar.
Na nave evroniana Raghor lidera um motim, dominando facilmente com seus comandados os evronianos normais. Seu objetivo é trazer os maiores inimigos de Evron, Superpato e Xadhoom, para sua vingança.
Xadhoom surge linda, e Donald está ao lado dela e de Angus quando os evronianos atacam o baile. Raghor utiliza o chama fria que parece Xari contra a xerbiana, e até oferece a ela trabalhar junto com ele para dominar o Império. Diante da evidente recusa o evroniano coloca uma arma na mão do chama fria, que a aponta para Xadhoom. Donald havia conseguido escapar e retorna como o Superpato, causando confusão entre os alienígenas e permitindo a fuga dos presentes ao baile. Mas Raghor tem outros planos, e ordena ao chama fria que atire em Xadhoom.
O Superpato ampara a amiga, e Zortag surge nesse momento, tendo instalado no capacete dos mutantes sob comando de Raghor um dispositivo de comando. O comandante vai se livrar de seu oponente, mas fica fechado do lado de fora quando Um aciona a couraça das janelas do edifício. Xadhoom acorda nesse momento, de volta à velha forma, e relembrando seus momentos com Xari enquanto segura Raghor pelo pescoço. Finalmente todo aquele andar da Ducklair Tower explode!
Na verdade foram quatro andares do complexo que Xadhoom destruiu, e isso porque ela se conteve, conforme conta ao Superpato (que havia escapulido ao soarem os alarmes). Um os chama, e explica que o chama fria não era Xari, pois não era xerbiano, e sim uma raça muito parecida. As mudanças ainda revelaram que ela já experimenta um melhor controle de seus poderes, e ela mesma admite que é capaz de sentir outras coisas além de raiva e remorso. A alienígena então se despede, dizendo que irá explorar um universo diferente, dentro dela mesma.
Outro aspecto interessante da trama são as intrigas entre Raghor e Zortag, que demonstram como o Império Evroniano está longe do equilíbrio e perfeição que os invasores gostam de propagar.
Uma das melhores histórias com a poderosa aliada do Superpato de toda a saga, e que certamente prepara o caminho para a trilogia publicada nas edições Pkna 35, 36 e 37, conhecida como Trilogia de Xadhoom e que trouxe profundas repercussões para a série Novas Aventuras. O drama pessoal de Xadhoom permeia toda a história, e vemos como ela é uma personagem altamente complexa e fascinante. Esse aspecto da trama se alterna com grandes doses de ação e cenas de humor para respirarmos um pouco, como boa parte das tramas desse fabuloso universo seguindo a melhor tradição da Ficção Científica!
Pkna 29 Virus
Em 20 de abril de 1999 os felizes leitores italianos receberam a primeira publicação desta história. Tudo começa com uma mesa, um volume onde se lê “Virus”, e um texto defendendo que toda informação deveria ser livre. Passamos imediatamente para o final de turno do 00 Channel, e Angus Fangus incumbe Donald de arrumar sua bagunça. Nosso pato consegue transferir a responsabilidade para o colega Zigfried Flagstarr, mais conhecido como Ziggy, que como o sobrenome indica, é irmão da agente do PBI Mary Ann.
Na cena seguinte vemos o general Abraham Lincoln Wisecube comandando o início da operação Virus, e soldados fortemente armados entram no metrô. Lá está esperando nosso pato mascarado, e por coincidência Ziggy observa quando eles levam o Superpato. Seu destino é uma base subterrânea secreta do Departamento 51, e vemos a grandiosidade da instalação em uma página completa, com um sensacional efeito que torna a imagem mais desfocada quanto mais olhamos para as profundezas.
Ziggy se encontra com Mary Ann, e fica claro pela conversa deles que o irmão já frequentou a Academia do PBI, mas saiu por não se conformar com a rígida disciplina. Ele insiste que sequestraram o Superpato, e a agente a contragosto o acompanha até a base secreta. E, detalhe importante, Mary Ann dirige um Fusca, provavelmente o único modelo de carro claramente identificável em Novas Aventuras!
Superpato é recepcionado pelo comandante do Departamento 51, o agora general Clint Westcock, que descarrega sobre o herói todas as acusações possíveis, lembrando seus encontros anteriores já descritos nesta série. E enquanto essa cena acontece, em quadrinhos isolados vemos Wisecube agindo, esvaziando sua mesa e usando seu computador para alguma finalidade misteriosa. Ziggy e Mary Ann conversam, e Westcock vai se vangloriar para cima de Wisecube. Quando o rival sai, este último abre uma tela em seu computador e conversa... com Um!
Ziggy e Mary Ann conseguem entrar na base, ao mesmo tempo em que o Superpato utiliza um de seus infalíveis gadjets para se comunicar com Um. E finalmente somos apresentados ao objetivo de o herói se deixar capturar, obter um vírus que os militares produziram, capaz de fazer os evronianos retornar ao estado de casulo. A I.A. afirma que isso explica o fato de os invasores ainda não terem lançado um ataque em larga escala.
Nisso, Wisecube consegue entrar em um dos níveis mais secretos da base auxiliado pelo soldado Janson (já visto na série). Com alguns atritos e confusões pelo caminho, Superpato, Ziggy e Mary Ann percorrem a base, e Westcock começa a suspeitar de algo errado. Wisecube e Janson enfim chegam a um depósito repleto de caixas, e entre os segredos ali guardados vemos letreiros de uma missão à Lua em 1957, uma guerra marciana em 1961, e uma invasão venusiana em 1967. Apenas fico em dúvida quanto às referências...
Seria esta?
Ou esta?
Ah, e Wisecube diz a Janson que aquele lugar não existe! Bem de acordo com uma certa série que estava no auge na época! Mas vemos algo interessante quando o general tira da caixa identificada como Evronianos um dispositivo de memória de 800 Mb.
Superpato e Mary Ann se encontram, e ele explica tudo para a agente. Enquanto isso Westcock é também informado, inclusive de que um grande contingente evroniano está atacando a entrada da base! O alerta é dado, e o Superpato incumbe Mary Ann de encontrar Wisecube, enquanto nosso herói irá fazer o que todo herói faz: combater o inimigo.
A agente do PBI encontra o general, mas Westcock também aparece, armas são apontadas, e a situação fica tensa. Mary Ann desarma Westcock, que não entendia a que Janson se referia como vírus. A maleta cai no chão, e finalmente Wisecube revela a verdade: não existe vírus algum. Ele pretende isso sim revelar ao mundo as informações contidas no dispositivo de memória, de que os evronianos pretendem invadir a Terra e os militares negociaram com eles.
Superpato auxilia os militares a expulsar os evronianos, e Um lhe transmite as alarmantes novidades. Wisecube insiste que a informação seja divulgada para todos, enquanto Mary Ann argumenta que isso somente causará pânico generalizado, impossibilitando uma reação adequada caso um ataque evroniano aconteça. Ziggy, que jamais aprovou segredos, permanece em dúvida, mas finalmente fica ao lado da irmã.
Invasores expulsos, Wisecube e Janson presos, e um aperto de mão sela a aliança entre Westcock e o Superpato. Todos retornam para casa, e o dispositivo de memória retorna seguro a seu lugar no depósito secreto.
Uma ótima história, repleta de lances de conspiração governamental e militar dignos dos bons tempos de Arquivo-X, que conforme já exposto caminhava para seu auge na época. Esta trama explica como Westcock aparece em Poder e Potência, que retornou ao universo de Ficção Científica do Superpato dentro da série Nova Era, e que saiu aqui na Mega Disney 7, outra estupenda história que muito recomendo!
Pkna 30 Fase Due
E chegamos ao volume 30 de Superpato Novas Aventuras, cuja primeira publicação se deu em 20 de maio de 1999. Tem início com dois trabalhadores da companhia de força e luz de Patópolis investigando um defeito na linha, até que entram no subterrâneo e ficam frente a frente com um evroniano. Apavorados eles fogem, mas um deles é atingido pela arma parasita alienígena, ficando em estado de semichama fria.
No espaço os evronianos estão alarmados com o que parece uma frota de combate comandada pelo Superpato, e constatamos os diversos níveis hierárquicos da rígida sociedade dos alienígenas, comandantes militares, cientistas, técnicos, todos respondendo ao comandante geral, o Supremo Zotnam. Este considera uma afronta que o herói passe da defesa ao ataque, e ele ordena que Patópolis, a base de operações de seu grande inimigo, seja aniquilada. Um de seus subalternos questiona se aquilo não vai contra os acordos acertados com os militares terrestres, ao que Zotnam pergunta: “Desde quando Evron respeita pactos com seres inferiores?”.
Na cena a seguir fazemos uma das poucas visitas à casa clássica de Donald em toda a série, com ele preparando o desjejum para os sobrinhos e vendo TV, quando surge um desenho muito familiar, que ele chama de irmão feio de um evroniano. Sem surpresas, Angus Fangus está entrevistando os dois empregados do início da história, e evidentemente coloca a culpa do incidente no Superpato, alegando que ele cria perigos inexistentes para o povo da cidade pensar que o herói é indispensável. Tudo pela audiência!
Donald então recebe um telefonema de Um, que depois de mostrar um truque que permite que sua imagem surja diante do pato através do dispositivo, confirma que não somente um dos trabalhadores estava em estado de semichama fria, mas que não sabe como os evronianos conseguiram descer em Patópolis sem serem detectados por sua rede de sensores de alarme.
Enquanto isso, na base evroniana situada no Cinturão de Asteroides, o general Zukhon dá instruções a uma equipe de sabotadores em uma chamada holográfica. O general Krauton chega a seguir e mostra desconhecer aquela missão. Ele leva suas preocupações ao supremo Zotnam, que evidentemente afirma que nada acontece ali sem que ele saiba. E temos aí uma amostra da rígida e imutável hierarquia evroniana. E falando em sabotadores, o Superpato afugenta uma de suas equipes, e leva para Um o dispositivo que eles deixaram para trás. A I.A. não consegue determinar a função do aparelho, mas reconhece como seu o estilo do projeto. Então os dois amigos concluem que, surpreendentemente, o responsável pelo aparato só pode ser Dois, o gêmeo maligno de Um e que já apareceu anteriormente na série.
O vilão cibernético aparece de novo na forma do holograma de um almirante evroniano, conferindo o trabalho de um soldado e um técnico na instalação de bancos de memória em uma nave de pequeno porte. Dois está satisfeito por ter conseguido se infiltrar na rede evroniana, e pelo fato de os alienígenas nunca questionarem nada (lembram certo tipo de humanos de certo país sul-americano...), e seu plano, claro, envolve vingança contra o irmão e o herói que o expulsaram da Terra.
Acontece mais um briefing para os soldados evronianos, e isso causa uma discussão entre Krauton e Zukhon, desta vez em pessoa. Os cientistas Kerebron e Kranyoon igualmente discutem, mais uma vez mostrando que uma sociedade rigidamente estruturada, em que os superiores jamais podem ser questionados, não pode seguir funcionando por muito tempo.
Superpato continua combatendo os grupos evronianos que surgem, e claro que Angus Fangus, a bordo do helicóptero do 00 Channel, tira o máximo proveito, sempre apresentando nosso herói como um farsante. Ele até comenta com sua equipe que evidentemente enxerga como os adversários do Superpato são perigosos, mas o que importa para o intrépido repórter é a audiência. E Um aponta um fato para seu parceiro, que Dois está, com aquelas incursões evronianas, mantendo os defensores de Patópolis ocupados enquanto segue com seu plano.
O grande inimigo, então, surge para os dois em uma transmissão que somente a tecnologia Ducklair pode captar. Dois confirma que os evronianos eram somente uma distração enquanto ele criava um bloqueio eletrônico sobre a cidade. O objetivo deste é impedir que Um se transmita e se salve, já que o próximo passo da maligna I.A. é um ataque em larga escala dos alienígenas. Tudo parece perdido, mas Um conseguiu identificar a localização da fonte da transmissão de Dois...
E, enquanto a frota evroniana é despachada, nossos heróis executam um ousado plano: Superpato lança uma pequena nave com a consciência de Um ao espaço, burlando o bloqueio. Na base evroniana, um programador descobre um vírus no sistema, mas precisa passar por toda a cadeia de comando, até o supremo Zotnam, para passar a informação.
Burocracia não deveria combinar com uma sociedade avançada, não?
O Superpato decola com a nave interestelar que é o topo da Ducklair Tower, que igualmente vimos antes, e finalmente Dois é desmascarado pelos evronianos. A I.A. revela como manipulou todos eles, até criando simulações da inexistente frota do Superpato, e surpreendentemente Zotnam permite que continue com seu plano. Este envolvia inclusive uma nova arma gravimétrica, que o supremo líder permite que seja acionada.
Porém, o pulso do dispositivo destrói as naves evronianas, com o Superpato (que as combatia) conseguindo se evadir. Zotnam e seu staff se retiram, com o líder afirmando que usará um programa especialmente elaborado para deletar Dois. E enquanto a I.A. maligna reflete sobre o que deu errado, surge Um, dizendo que usou táticas idênticas às do gêmeo para virar a situação. Ele alimentou a desconfiança entre os evronianos, e o resultado foi a vitória dos heróis.
Um se transfere para os bancos de memória da nave do Superpato, porém Dois faz o mesmo, se instalando na nave de fuga que preparou repleta de bancos de memória. Zotnam então prefere usar um método mais violento e mais gratificante, capturando a nave e ordenando disparos sobre ela. Mas no quadro final ainda vemos que Dois escapou para o pequeno veículo que levou Um até a base evroniana, e nossos heróis consideram que, se o adversário cibernético já escapou outras vezes, eles podem quem sabe ter que confrontá-lo novamente.
Excelente história, que se torna importante pela crítica nem um pouco velada a toda ditadura. A sociedade evroniana é rigidamente estruturada em castas, com nenhuma mobilidade entre estas, para cima ou para baixo. Exatamente como ditaduras tristemente conhecidas na Terra, a quem está em nível hierárquico inferior jamais é permitido questionar ordens ou o que quer que seja. Já aqueles em postos de liderança quase nunca consideram o bem comum, mas somente suas próprias ambições. E os cargos mais altos são tomados pela soberba, jamais admitindo que alguma coisa possa escapar de seu controle.
Um sistema que pode perdurar por algum tempo, mas que sempre acaba desmoronando devido a seus defeitos inerentes. Uma bela lição apresentada por um dos melhores universos da Ficção Científica mundial!
E finalmente, uma novidade que acaba de ser anunciada: a Panini, que publica os quadrinhos Disney na Itália, vai anunciar no evento Lucca Comics & Games 2019, que acontece de 30 de outubro a 03 de novembro próximos, uma nova série de ficção científica do nosso herói! Serão livros maiores que o formato usual da Topolino (que é pouca coisa maior que as revistas da Culturama), em capa dura, e que permitirão explorar elementos de histórias que não combinam com a principal revista Disney italiana.
É de se supor que se dará continuidade à atual série Superpato Nova Era, que teve algumas histórias publicadas no Brasil ainda na época da Abril (claro que vale consultar os artigos anteriores deste especial). Sabe-se que a primeira história está a cargo de Roberto Gagnor, e o desenhista ainda está para ser anunciado. A esse primeiro livro se seguirá o segundo em março de 2020 no evento Cartoomics, e a série não terá periodicidade fixa. Ao mesmo tempo o Superpato clássico terá uma minissérie na Topolino, escrita por Marco Gervasio com desenhos de Lorenzo Pastrovicchio.
As histórias de PK New Era Poder e Potência e Droidi terão volumes de luxo (novamente no caso da primeira história, já publicada aqui pela Abril), e a série PK2 poderá ter uma nova edição. Pessoal da Culturama, estão anotando? Sim, a ansiedade por conferir todo esse material já passou dos limites saudáveis!
Até a próxima!
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