quarta-feira, 5 de junho de 2019

Superpato Novas Aventuras parte 15

SUPERPATO 50 ANOS

PKNA 26 Il tempo fuge


História originalmente publicada em 20 de janeiro de 1999. Em Portugal saiu na Donald 5 de junho de 2018, e conforme foi exposto no artigo Um Gostinho de Além Mar, publicado no Corujice Literária, tivemos o prazer de consegui-la, para ler esta trama em português com o título O Tempo Foge.

Como habitual nesta série, vamos descrever a história, então se não quiser spoilers melhor procurar ler outra coisa, combinado?

O Superpato e Lyla invadem uma mansão fortemente protegida por equipamentos de segurança, com direito a piadinhas sobre a UST entre eles. A sigla, por sinal, se refere a unsolved sexual tension, e os excers sabem bem do que falo, lembrando das saudosas primeiras temporadas de Arquivo-X. E já vemos um detalhe interessante, pois encarando um grande perigo o Superpato primeiro sugere uma fuga, mas vozes em off conversam, e em seguida, na mesma cena, ele fala em destruir o dispositivo inimigo.


Nossos heróis finalmente encaram os vilões, dois piratas temporais chamados Malva e Vlad. Com seu jeito nada sutil este último faz um disparo que detona todo o lugar, e nosso herói se preocupa com a parceira. Mas os dois conseguem saltar atrás dos vilões, e surgir em um local de aparência semelhante à Inglaterra vitoriana.

Ali eles logo encaram um estranho robô feito de madeira e metal, mas que é posto fora de combate por dois outros personagens, Edward McStark e seu auxiliar Chang. Edward se apresenta como caçador de mistérios, e informa que estão na Patópolis de 1878. Além disso, ele está lidando com um caso relacionado a uma mulher misteriosa chamada Malva Zelana. Naturalmente, os quatro formam uma aliança para caçar os vilões.


No porto, ela e Vlad conversam sobre a detecção de um fluxo de táquions, e devido ao fato de Superpato e Lyla terem pulado alguns segundos atrás deles no fluxo temporal, os vilões chegaram alguns meses antes àquele tempo e espaço. Os quatro heróis chegam e derrotam os robôs, mas Vlad e Malva de novo viajam no tempo, com Superpato e Lyla em seguida.

A próxima parada é um castelo em plena Idade Média, sitiado pelas forças dos vilões. Lyla e Superpato conversam com os guardiões daquele reino e armam uma estratégia, e novamente vemos as duas vozes em off conversando, uma dizendo que o Superpato é o herói, e a outra respondendo que Lyla tem personalidade forte, e que o herói logo irá mostrar seu valor.


A batalha no dia seguinte é épica, quando os defensores surgem com máquinas voadoras muito semelhantes aos modelos do grande Leonardo Da Vinci (cujo falecimento completou no último 5 de maio 500 anos). Os dois vilões são finalmente confrontados pelos dois heróis, e desta vez são Lyla e Malva que tomam a dianteira na viagem temporal.

Superpato e Vlad formam uma temporária aliança para encontrar as duas, mas vilão ataca o herói a fim de serem conduzidos por um gigante de pedra que os surpreende. Eles são levados a um templo ao estilo greco-romano, onde encontram Malva e Lyla, além da feiticeira Zantia. Ela quer saber como funciona o dispositivo da vilã, e o Superpato consegue enganá-la. De novo uma das vozes em off pergunta de onde ele tirou o escudo X-transformer, e a segunda voz responde que o formato e a densidade do artefato podem ser mudados à vontade.

Graças ao paralisador bradiônico do escudo, o Superpato paralisa Zantia, com isso fazendo o mesmo com o gigante, e eles de novo precisam correr atrás dos vilões pelo fluxo temporal.


No tempo dos dinossauros, alguns dos animais em estado de chama fria denunciam a presença de evronianos na Terra há milhões de anos. Pois Lyla, Vlad e Malva se veem prisioneiros dos alienígenas, que de resto consideram aquele mundo atrasado demais para seus propósitos. Mas os três prisioneiros exibem roupas de uma era pré-industrial, um dispositivo tecnológico muito avançado, além de um deles ser um androide. E como a sociedade evroniana é baseada em rígidos padrões de hierarquia e comportamento, eles não gostam de surpresas.

Depois de outra conversa entre as vozes em off, surge o Superpato, atraindo vários dinossauros, incluindo o clássico T-Rex, para a base evroniana. Nosso herói se aproveita da confusão para libertar os prisioneiros, mas o comandante se mostra muito interessado ao saber que o dispositivo de Malva é uma máquina do tempo. Vlad de novo usa seus hábitos para nocauteá-lo, e desta vez os quatro fogem juntos pelo tempo, como sempre rumo ao passado, onde as opções estão se esgotando.


Eles chegam a uma terra primordial, repleta de rios de lava e erupções vulcânicas, o princípio do tempo. Malva diz a Lyla que ela pode chamar seus amigos da Tempolícia, mas a androide revela que não tem como, uma vez que o ataque de Vlad no começo da aventura danificou seus sistemas de comunicação e viagem taquiônicos. Malva então diz que estão presos ali e sozinhos, mas esta última não é bem verdade, quando tentáculos surgem do rio borbulhante e apanham Vlad. Este é salvo pelo Superpato, e ficamos pensando a quem poderiam pertencer os tentáculos, em uma época tão recuada...


Ao ver o amigo espantar a coisa com um raio de energia, Lyla diz que pode usá-lo para alimentar seus sistemas e pedir ajuda. Claro que o Superpato não pretende atirar na amiga, mas esta pergunta se ele confia nela. A resposta é sim, e os dois finalmente concordam, enquanto uma das vozes em off diz gostar daquela demonstração de heroísmo e amizade.

Assim é feito, e mesmo zonza Lyla contata a Tempolícia, que surge e leva os bandidos presos, e os heróis para casa. As luzes se acendem, e então descobrimos que tudo foi uma exibição de um inventor para o produtor e diretor Ducklas Styvesant, que conhecemos aqui no Brasil com o excelente nome de Patúlio Estilbergue. Se quiserem conferir na parte 4 deste especial, irão relembrar que ele tomou parte do número 4 de Superpato – Novas Aventuras da Abril, em 1998.

Patúlio (como anteriormente irei usar o nome brasileiro) questiona o inventor quando este diz que aquele programa pode produzir novos episódios da série Retrato de um Herói por uma fração do orçamento, sem a necessidade de atores, assistentes, extras, sequer editores. O inventor ainda lembra como modificaram a trama em tempo real (conforme mostrado no início), e que no futuro nem sequer um roteiro será necessário, pois a história irá evoluir conforme o retorno emocional dos expectadores.


“Arte sem artistas”, diz Estilbergue, ao que o inventor diz que aquilo é somente um show, sem nada a ver com arte. O produtor o dispensa, dizendo que terá noticias suas, e em seguida olha para a tela, ou para o leitor. Finalmente apanha um controle e desliga.

Uma ótima história, que se não pode ser colocada entre as de maior destaque da série, é sem dúvida uma declaração de amor à arte, aos quadrinhos e ao cinema. Bem coerente com a época em que foi publicada, e os questionamentos que se fazia com relação a produções sem atores, e também sem alma. Como um e outro campeão de bilheteria, aliás, pode demonstrar. Um belo conto de alerta contra o abandono de valores.

Fiz questão de comprar a Donald 5 quando surgiu a oportunidade, pois adorei as ligações com a sensacional Retrato de um Herói, que como já exposto aqui, foi a primeira história que li do universo de Novas Aventuras, e ainda é minha preferida!

PKNA 27 I mastini dell'universo


Publicado originalmente em 20 de fevereiro de 1999 na Itália, este número não saiu em Portugal. No prólogo, Donald está preso no trânsito em meio à chuva em Patópolis, mas decide largar o carro e seguir a pé para a Ducklair Tower quando Um revela que conseguiu.

O que nossa I.A. preferida apresenta para nosso pato igualmente favorito é nada menos que a trilogia completa de Star Battles, seis meses antes da estreia! Claro, uma paródia da pirataria de filmes via internet. E, se os leitores não sacaram a referência, eis uma imagem para refrescar suas memórias:


Ainda não? Como sou generoso, mais uma imagem:


Bem, Um acaba interrompendo a exibição, e pedindo para Donald ir buscar um dos equipamentos perdidos criados por Everett Ducklair, e que também pode se tornar extremamente perigoso. Um veículo prospector de petróleo, no qual o criador da I.A. não resistiu a seus impulsos e instalou armamento pesado. O veículo está enterrado no deserto nas cercanias de Patópolis, e enquanto voa para lá, o Superpato comenta sobre as muitas vezes em que visitou a região com os sobrinhos, ajudando os Escoteiros Mirins e em outras aventuras.

Nosso herói chega à localização, e com auxílio de um dos equipamentos do X-transformer cava até encontrar a escotilha do veículo. Guiado por Um chega à sua sala de comando, mas nesse momento tudo começa a tremer, uma sombra enorme surge no deserto acima, e o contato entre nossos heróis é interrompido.


Superpato enfrenta robôs desconhecidos, e saindo do prospector se vê em um ambiente artificial gigantesco. Então ele conhece o coronel Neopard, comandante da nave Lady Elenthary, acompanhado de seu imediato, o robô com Inteligência Artificial sargento Q’winkennon. Neopard revela serem mercenários, que lutam para quem pague mais, e logo ele e Superpato precisam enfrentar o ataque de uma nave pertencente aos inimigos de seu contratante anterior.

Superpato se encarrega de um dos postos de artilharia, e de novo temos mais uma referência muito clara, se os leitores estão me entendendo. Terminado o rápido conflito e resolvida a confusão, Neopard prossegue, dizendo que buscava na Terra equipamentos abandonados que pudessem ter uso militar. Mas, diante dos tanques de combate que vemos, ele se revela confuso pelo fato de não encontrar as unidades computadorizadas de controle. Diante do espanto do Superpato, ele responde: “Mas claro! Ninguém é tão burro de ir para uma guerra em pessoa”.


Dá o que pensar, não?

Neopard revela que sua missão atual é ir a um planeta e destruir uma central de energia do inimigo de seu atual empregador. A contragosto o Superpato o acompanha, e diante da instalação alienígena constata que o inimigo ainda está acompanhado de um oficial evroniano.

Acompanhando a conversa graças aos recursos de Neopard, eles descobrem que os evronianos são conselheiros militares dos alienígenas grilkians. Nosso herói bem que tenta se infiltrar na base para descobrir maiores informações, mas a presença dos demais é percebida graças aos sensores evronianos. A batalha é dura e Neopard perde algumas de suas unidades robóticas, mas graças ao Superpato ele e Q’winkennon escapam, mas nosso herói é capturado.

Na prisão dos grilkians o Superpato confronta seus captores, antes de ser resgatado por Neopard usando suas unidades mais avançadas. Ele só possui duas dessas devido a seu custo, e novamente constatamos sua similaridade a outro famoso mercenário, que atende pelo nome de Han Solo caso não tenham percebido ainda.

Os dois invadem a torre central do complexo, mas são cercados e Neopard decide fazer o que qualquer mercenário o faria. Se render, claro, para espanto do Superpato. O coronel ainda diz ser um profissional, não um fanático, e sabe quando baixar as armas. Por cima, um mercenário que sabe quando se render vive para lutar na próxima vez.


Quando eles saem da torre, são os grilkians que se rendem, pois toda a energia de suas forças desapareceu. O feito, claro, é dos evronianos, que inclusive deixaram o segundo em comando dos alienígenas em estado de semichama fria. Mas quando o comandante evroniano se gaba da vitória, tudo ao redor treme e vemos a chegada do prospector de Ducklair, pilotado por Um. Os evronianos fogem, deixando para trás até mesmo seus acumuladores com a energia roubada.

Neopard havia dito anteriormente ao Superpato vir de outro universo, mas Um revela que isso foi um logro, já que eles estão no Deserto do Sahara! Devido a uma confusão nosso herói desligara o sistema de comunicação do X-transformer, e assim a I.A. retomou o controle do prospector e entrou em contato com Q’winkennon, se entendendo com ele e se colocando a par da situação. Neopard conclui sua missão, os grilkians retornam a seu planeta, e todos vão para casa.


Um momento divertido é a famosa quebra da quarta parede, que pela primeira vez acontece na série quando Neopard explica para nosso herói o significado das palavras que ele e Q´winkennon vivem repetindo, Plutz! Grabbaga plutz! Cyssa! Quando recebe a explicação nosso pato preferido diz: “Você não pode dizer algo assim em uma aventura do Superpato!”. Neopard deixa com o herói um meio de comunicação, e tudo termina bem.

O coronel Neopard reapareceria na série PK2 no episódio Capitano di ventura, que pode ser traduzido como Soldado da Fortuna. I mastini dell'universo é uma história que não chega a ser das mais essenciais da saga de Novas Aventuras, mas vale a pena pelas referências e pela mensagem pacifista.

Até a próxima!

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