quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Superpato Novas Aventuras parte 19

SUPERPATO 50 ANOS

PKNA 35 Clandestino a bordo


Publicada em 1 de novembro de 1999, esta trama abre a que é conhecida como Trilogia Xadhoom. Porto de Patópolis de madrugada, e Superpato e a agente Mary Ann Flagstarr desbaratam sem muitos problemas uma rede de contrabandistas. Um o chama pelo rádio do Sp-car dizendo que há uma emergência, e quando nosso herói chega ao local, Xadhoom acaba de detonar um comando de reconhecimento evroniano.

Mas não há tempo de muita conversa, pois a xerbiana diz que há uma grande concentração de forças do Império Evroniano no espaço, e que acabar com eles será um prazer. A impulsiva alienígena sai voando, e o Superpato fica para arrumar a bagunça. Um o avisa de que há mais intrusos se aproximando, e o pato comenta que noites como essa o fazem sentir saudades de polir moedas na Caixa-Forte.

Nosso herói é instruído pela I.A. para usar o comando morfosimbiótico do escudo X-transformer e se disfarçar. Assim ele contempla a chegada de uma grande nave evroniana, trazendo soldados que escoltam o almirante Monodon, que traz um bicho peludo em uma coleira. Evronianos têm pets, que graça, não?

Os invasores detectam a presença recente de Xadhoom no lugar, e Monodon comenta que o sistema de contenção não está pronto ainda. “Eficiência e organização, esses são os pilares do Império Evroniano, e também serão as ferramentas de nosso triunfo sobre Xadhoom”, comenta o almirante. Chamas frias apagam todos os traços da batalha recente, e Superpato comenta com Um que precisa impedir os planos dos alienígenas. A I.A. o alerta de que não conseguirá transferir seus sistemas para o escudo, então nosso herói entra na nave sozinho.


Superpato precisa se abrigar em locais desconfortáveis para não ser flagrado, e enquanto isso vemos mais sobre como operam os evronianos. Os oficiais conversam sobre os planos de atrair Xadhoom para uma armadilha, enquanto alguns subordinados reclamam a respeito do bicho de estimação do almirante não se alimentar de energia emocional como eles. Nosso pato preferido vai se esgueirando pela nave, enquanto longe dali Xadhoom vai detonando mais naves evronianas.

Monodon administra uma discórdia entre seus auxiliares, incluindo o corpo científico, sempre dizendo que não há tempo a perder. Mas os cientistas discordam de seus métodos, reclamando que terão que aumentar excessivamente seus esforços para ter a câmara de ergoemissão, o aparato que pretendem utilizar contra Xadhoom, pronto a tempo. E temos ainda uma pista quando um deles afirma ser o líder do projeto um não evroniano a quem foi prometida uma recompensa. Mas claro que os traiçoeiros evronianos não pretendem cumprir a promessa. Superpato ouve tudo e segue os cientistas.

E enquanto nosso herói precisa enfrentar evronianos na nave, Xadhoom faz o mesmo no espaço, percebendo que a tática deles indica seu desejo de atraí-la para uma armadilha. E Monodon é informado da presença do Superpato, mas conforme algumas passagen indicavam anteriormente, nosso herói já havia sido descoberto, e o almirante deseja usá-lo como um trunfo contra Xadhoom. O pato tenta retornar ao local da câmara de ergoemissão, mas lembra que a fome está apertando. Um encontro fortuito com um grupo de evronianos aponta para ele e a direção da cantina da nave.


Mas nosso herói já deveria saber, não é? Os evronianos se nutrem de energias emocionais, e ele fica na mão novamente. Porém surgem chamas frias escoltados pelos alienígenas, e esses escravos precisam de nutrientes biológicos. O pato se disfarça e junta-se aos chamas frias à mesa, mas o serviço não é lá essas coisas, com um líquido protéico sendo servido por um tubo enfiado nas bocas deles. A experiência não é lá muito boa, mas o herói pensa “isso que é fast food”. E bem na hora, pois lá vem Xadhoom!

Monodon se exaspera pois a armadilha não está pronta, e orienta seus sobordinados a levar um grupo de chamas frias aos cientistas. Superpato se mistura a eles e consegue sabotar a câmara, enquanto a frota de naves tenta conter Xadhoom. Ela é finalmente trazida a bordo com um raio trator, mas a câmara não funciona como esperado e a xerbiana começa a demolir o cruzador. Superpato escapa bem a tempo em uma nave auxiliar, acompanhado de Monodon e seu auxiliar Keeran, além de seu bichinho Zundaff.

Longe dali, na estação tecnológica Acheron, dois cientistas comentam com o líder do projeto o destino da frota de Monodon, e descobrimos afinal que quem comanda aquela pesquisa é Xari, cientista xerbiano e grande amor da doutora Xado, ou Xadhoom! Superpato, enquanto isso, depois de obter mais informações dos evronianos os coloca no espaço em trajes espaciais para aguardar resgate, e parte sozinho com a nave. O computador desta logo se revela, mostrando-se incrivelmente zeloso e preocupado com seu bem estar, e chamando-o de “querido”, lembrando certo episódio de Star Trek quando o computador da Enterprise também se mostra muito afetuoso com o capitão Kirk.


Uma aventura dramática mesclada com muitos momentos de humor, em que o Superpato na maior parte das vezes é simplesmente levado pelos acontecimentos, mas mesmo sozinho e sem apoio consegue impedir a captura de Xadhoom e salvar o dia, por enquanto. A trilogia prossegue!

PKNA 36 Lontano lontano



Aventura primeiro publicada em 1 de dezembro de 1999. Enquanto nosso herói continua muito longe de casa a bordo da nave auxiliar, lidando com o computador de bordo excessivamente amável, o Conselho Imperial de Evron está reunido, com o próprio imperador usando de “finesse” para pôr ordem na casa. Xadhoom, o assunto com que lidam, está voando muito velozmente pelo espaço, e os evronianos discutem como lidar com ela.

No Conselho Imperial o líder do projeto, o xerbiano Xari, apresenta ao imperador suas explicações. No espaço, o Superpato continua a lidar com o computador de sua nave. E os cientistas evronianos prosseguem rastreando Xadhoom, o que os leva a um planeta biocompatível, ou para utilizar um termo mais atual da Astronomia, habitável. Mas não muito, a vida ali, caso exista, deve se resumir a fungos embora o mundo tenha muita água.


Xari descobre a rota seguida pelos evronianos, mostra-se alarmado, e tenta fazer com que mudem de curso. Porém o oficial evroniano recusa a sugestão, e após uma consulta o imperador afirma para prosseguir e acelerar. E assim, finalmente, vemos o próprio planeta natal dos invasores, Evron, em sua totalidade. Sim, essa raça leva todo seu planeta em suas principais expedições! Os monstruosos efeitos gravitacionais são sentidos tanto por Xadhoom quanto pelo Superpato, e o computador mostra a nosso herói o mesmo planeta detectado pelos evronianos.


No planeta em questão, um imenso objeto está ligado a sua superfície por enormes tubos. E surpreendentemente, vemos ali um grupo de xerbianos sobreviventes vivendo dos recursos que conseguem obter do mundo aquático. Eles conseguiram superar a invasão de Xerba pelos evronianos e estão progredindo, incluindo até mesmo um processo para restaurar o estado normal àqueles que foram vítimas das armas evronianas e se tornaram chamas frias. Xadhoom, nesse meio tempo, percebe que Evron está próximo, e o Superpato chega ao planeta em sua nave.


O pouso não foi suave, mas nosso herói se anima a sair e explorar, quando é capturado pelos xerbianos. Infelizmente, utilizando um dispositivo de camuflagem, Evron também chega. A luta é feroz, e o Superpato ajuda no que é possível, mas o resultado é, infelizmente, previsível. Os xerbianos são capturados, incluindo sua tecnologia, e Xari aproveita seu trânsito entre os evronianos para averiguar o que seu povo tem feito. Quando o imperador ordena que o pequeno satélite xerbiano seja destruído, nossos amigos verdes começam a cantar, em uma cena tocante e emocionante. Superpato sai de seu esconderijo e pergunta onde está, mas a questão retórica é respondida por Xari, em meio a imagens da Terra, da casa de Donald, do escritório de Angus Fangus, e de Um jogando xadrez com uma cópia de si mesmo.


Uma história intermediária, realçando a solidão imensa de nosso herói e também dos xerbianos, todos tentando resistir a uma força aparentemente invencível, ampliando sempre o drama dessa trilogia. O que virá a seguir? Leiam na sequência e descobrirão!

PKNA 37 Sotto un nuovo sole


Primeira história de Novas Aventuras a ser publicada nos anos 2000, mais precisamente em 1 de janeiro de 2000. Evronianos analisam o planeta quando surge Xadhom explodindo tudo. Ela reconhece a tecnologia xerbiana, e sua dor é tremenda quando percebe que novamente chegou tarde. Vingança é tudo que lhe resta, e ela vê com satisfação que chegou a Evron, o coração do Império Evroniano.

Xari confabula com o Superpato, e depois se reúne com membros de seu povo, incluindo Xalya, que obviamente têm uma ligação forte com o cientista. Enquanto isso Xadhoom continua sua batalha com os grupos de naves evronianas, que diante de uma ordem se retiram. A xerbiana segue então para o alvo maior, mas eles a deixam em destaque uma grande cúpula na superfície de Evron, através da qual Xadhoom vê milhares de sobreviventes de seu povo.

Surge o imperador em uma projeção holográfica e exige a rendição de sua inimiga, naturalmente ameaçando os xerbianos caso ela não ceda. Nisso, Xari leva os cientistas xerbianos ao encontro do Superpato, e ele finalmente apresenta sua história. Após a queda de Xerba a maioria dos capturados foi transformada em chamas frias, mas os melhores cientistas foram poupados. Depois, diante da ameaça de Xadhoom, eles foram utilizados para tentar criar contramedidas, e nisso Xari adquiriu poder e influência como colaborador dos evronianos. O cientista aproveitou para manter os invasores o mais distante possível dos sobreviventes xerbianos, que ele monitorava a distância em segredo.

E com a rendição de Xadhoom, o aparelho que Xari construiu, o enthopiotron, servirá para mantê-la cativa e explorar sua energia de forma praticamente ilimitada. Destino cruel para os dois, que nos dias felizes em Xerba foram amantes.


Xari explica a situação e sai com os colegas cientistas para avisar os xerbianos e traçar planos. Xalya fica com o Superpato, que explica para a xerbiana quem é Xadhoom, a doutora Xado cuja experiência a transformou em um ser de poderes incríveis. Nisso Xari alerta sobre a ameaça de, com a captura do grande inimigo dos evronianos, todos eles sejam escravizados, e os demais xerbianos explicam a ele que conseguem reverter o processo de chamas frias.

O enthropiotron, entretanto, não consegue iniciar o processo na íntegra, e Xari é chamado. Ele convence o imperador a permitir que mostre aos xerbianos o modo de vida de Evron, cedendo alguns chamas frias. O Superpato se disfarça como um escravo, e nisso os xerbianos conseguem todos os componentes do dispositivo de reversão de chamas frias. Em meio a isso, cenas que mostram todo o interesse de Xalya em Xari, depois que ela e o Superpato concordaram em por enquanto não revelar quem é Xadhoom a ele.

O plano grandioso é acordar todos os chamas frias de Evron de uma vez, mas para isso é necessária uma quantidade colossal de energia. Mas Xari é convocado para o enthropiotron, que não está funcionando, e consegue se livrar dos cientistas evronianos. Enquanto isso, Xalya consegue ir conversar com Xadhoom. Xari percebe que a cativa está emanando uma enorme quantidade de energia que pode servir para o plano, e a estoca.

Mas o imperador é avisado, e manda prender Xari. Xalya observa tudo, e avisa os demais. Em quadro algumas páginas antes vimos nosso herói colocar um dispositivo na roupa de Xari, e agora ele sabe a localização do cientista. Na cela onde é jogado, Xari é informado que será submetido a um aparelho evroniano que suga e armazena toda a memória da vítima. Felizmente o Superpato chega a tempo, em meio a uma conversa sobre ele dos dois guardas, e liberta Xari. Os eventos se atropelam quando os evronianos acionam o enthropiotrion, ao mesmo tempo em que os xerbianos fazem funcionar o dispositivo que elimina o processo de chama fria. Os escravos, incontáveis deles, voltam a dominar suas faculdades mentais por todo planeta, e iniciam a revolta contra os evronianos. Xadhoom também escapa e finalmente encontra o amigo terráqueo.


Alguns evronianos tentam salvar o que é possível, e nesse momento aparece nas sombras um cientista com um braço mecânico. Algumas teorias dizem que pode ser Gortham, cientista evroniano que apareceu primeiro em PKNA 10 Trauma, como podem conferir neste especial. Os xerbianos, enquanto isso, encontram uma enorme nave onde cabem todos eles, e escapam enquanto explosões tomam conta de Evron. Acontece então o longamente aguardado reencontro entre Xari e Xadhoom, ou melhor, Xado. Ela explica que Xalya a informou do plano, e por isso emitiu aquela energia extra.

Os xerbianos se dividem entre explorar a galáxia em busca de um novo mundo, ou retornar para onde estavam antes. Mas há um problema, aquele sistema planetário não possui um sol para fornecer energia. Xari fala em retornar Xadhoom a seu estado normal, mas ela comenta que está livre das necessidades mundanas, e são eles que deveriam se tornar como ela.

Em mais um momento dramático, Xadhoom percebe que seu povo procura o que ela sempre quis lhe conceder, um futuro. E ela diz ao Superpato que sabe o que fazer. Com um rápido convencimento os cientistas evronianos a bordo a ensinam a usar o dispositivo que registra memórias, e ela deixa um dispositivo de armazenamento com o velho amigo, o Superpato. Xari pergunta onde sua ex-amada vai, e Xadhoom diz que eles ficaram muito diferentes, e que ela só queria vê-lo de novo.


Novamente no espaço, Xadhoom, ou Xado, encontra um local ideal, dizendo que o que vai fazer não seria possível antes dela passar pelo enthropiotron. Um novo sol subitamente surge, e os xerbianos decidem ficar no planeta e fazer dele a Nova Xerba. O Superpato embarca em um caça hiperespacial evroniano para casa, e os xerbianos pensam em um nome para o sol. Nosso herói sugere Xadhoom, que eles explicam significar credor em sua língua. O Superpato responde “exatamente, vocês não sabem o quanto devem a ela”.

Um final agridoce, emocionante e tocante para uma das maiores aliadas e amigas do Superpato, e uma suprema prova de amor de Xadhoom por seu povo. E também o final dos maiores inimigos do maior herói de Patópolis. PKNA 37 representou, nessa história grandiosa, cheia de reviravoltas emolcionantes, um ponto culminante em toda a série Novas Aventuras. Conforme o site Paperpedia, o restante da série não teve mais sagas transcorrendo por duas ou mais edições, resumindo-se a histórias fechadas a cada número, até o final na edição 50.


Xadhoom, é verdade, retornaria, bem como um grupo desgarrado de evronianos, em Cronaca di un ritorno, história da série PK New Era, que neste especial estamos chamando de Superpato Nova Era, conforme explicamos em Superpato e o fluxo do tempo. A história foi publicada nas Topolino 3181, 3183, 3184 e 3185 entre 9 de novembro e 7 de dezembro de 2016. No Brasil a série Nova Era estava sendo publicada pela Abril, primeiro com Poder e Potência na Mega Disney 7, e depois com outras histórias na Disney Big. Em 2017 estava prevista a publicação de Cronaca di un ritorno em uma Disney Big, mas infelizmente isso foi adiado, e não houve mais tempo até o final das publicações Disney pela Abril. Lamentavelmente a Culturama ainda não se pronunciou quanto ao retorno das publicações dessa e de outras grandes sagas Disney em nosso país.


Lá fora, entretanto, assim como a Trilogia de Urk, também analisada neste especial (confira aqui) a Trilogia Xadhoom foi publicada em um único volume para os felizes fãs da Disney na Itália. Isso se deu em 2007 na Paperinik Ultimate Collection nº 17, que tem o subtítulo de Cuore di Stella. A edição de 212 páginas traz as três histórias que encerram o ciclo de nossa xerbiana preferida, além de vários textos extras. Sim, eu adoraria ter essa belezinha em mãos!


E foi assim o final da última grande saga dentro da série Superpato Novas Aventuras. Já tive a oportunidade de ler a história seguinte, entretanto, e posso dizer que é uma boa trama e com referências interessantes, embora não seja tão grandiosa quanto as anteriores. Este especial continua até a derradeira edição 50, continuando nossa celebração dos 50 anos do Superpato. Continuamos aguardando que, aqui no Brasil, tenhamos uma comemoração digna de nosso herói...

Até a próxima!

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