quarta-feira, 8 de maio de 2019

Superpato Novas Aventuras parte 12

SUPERPATO 50 ANOS

Speciale 98 Zero Barra Uno


E chegamos finalmente ao segundo especial anual de As Novas Aventuras do Superpato. Este foi lançado na Itália em 05 de agosto de 1998, e os portugueses tiveram a sorte de ler todas as histórias desta edição na Disney Hiper 28 de 2015. Aqui no Brasil o especial As Novas Aventuras do Superpato – A Origem, de 2013, trouxe a única história do Speciale 98 publicada em nosso país, a emocionante Pardal.


E devem se lembrar que o primeiro Speciale foi analisado na parte 6 deste especial.

A trama principal segue Donald e Um em uma conversa às vezes bastante tensa, com nosso herói demonstrando estar temeroso quanto aos desafios à frente. Nosso pato preferido comenta não se sentir seguro se é mesmo o herói para enfrentar tantos desafios novos, a invasão evroniana, encrencas espaço-temporais, e ainda ser o pato de sempre para Tio Patinhas, Margarida e o restante de sua família.

Logo na primeira página vemos por outro ângulo a imagem de fechamento da história Evronianos, o número zero deste universo igualmente publicado em A Origem. Evidentemente, todas as tramas do Speciale 98 se passam nesse intervalo de tempo, um pouco antes do final de Evronianos e o início de O Vento do Tempo, também publicado no especial de 2013.


Donald comenta que está com medo, e que não pode se comparar ao amigo cibernético, a inteligência artificial mais sofisticada e espantosa do mundo. Um responde que ele também foi programado para sentir medo, a primeira reação diante do perigo, e diz que sente medo que o pato novamente abandone o amigo. Então confessa que acompanhou o último encontro entre o Superpato e Pardal.

O conto que também lemos aqui no Brasil em A Origem começa com o herói observando a casa do inventor, a luz ainda acesa quase de madrugada, e rememorando todas as aventuras que, como Donald ou Superpato, eles tiveram juntos. Imagens dos Evronianos surgem, e dos novos amigos Um e Lyla, e finalmente o Superpato entra e eles conversam. Para surpresa do herói, o inventor diz que está cansado e que SP não precisa mais dele. Pardal comenta que talvez esteja ficando velho, ou o mundo mudou bastante. Depois que o herói se vai, o inventor conversa com Um na tela de seu computador. Nossa I.A. preferida pergunta se foi difícil, e Pardal responde que foi um pouco, e que gostaria de se lembrar dele. Em seguida engole um car-can, caramelo cancelador de memória, e deseja sorte a... Donald!

Sim, é emocionante!


O pato comenta com Um que também não deve contar com a sorte, o amigo diz que ele tem muito mais que isso, como coragem e desprezo pelo perigo, e Donald lembra então de outro caso recente. O Tio Patinhas não consegue dormir nem contando ovelhas, e vai fuçar documentos em sua mesa. Descobre então que a Ducklair Tower aparentemente tem um andar extra! Claro que o pão-duro liga para o sobrinho, que se desespera, mas Um tem a solução, pode criar um holograma e dar a impressão de que a torre tem somente 150 andares. O problema é que levará alguns minutos, e Patinhas já chegou.

Donald usa todas as artimanhas possíveis dele e do Superpato, mas nada se revela capaz de interromper a contagem do magnata. Nosso herói praticamente se dá por vencido, mas quando o Tio Patinhas chega ao andar 150... consegue o que era seu intuito desde o começo, e adormece!

No conto seguinte Donald precisa interromper seu sonhado descanso em uma noite, e ir enfrentar um bizarro vilão que surge no porto. Ele leva o escudo X-transformer (perdoem este escriba por haver anotado extransformer em algumas ocasiões, tentarei padronizar o nome de hoje em diante), mas ainda sem conhecer direito suas funções, a luta se torna inglória. Mas ao inadvertidamente ser acionado, o comando 87-bis do escudo leva o meliante a outro local instantaneamente. O que acabou salvando a noite, mesmo que nosso pato tenha esquecido as chaves.


Nosso herói, depois de uma análise de Um, se revela perturbado por outro incidente. Ele enfrentou outros adversários e teve pena deles, mas ao invés de ajudá-los, só pôde lutar contra eles, e se pergunta se um herói deve agir assim. Então conta que, a bordo do 313, ia para um compromisso com a eterna amada Margarida, quando reparou em alguns chamas frias invadindo um parque de diversões. Porém, sem os novos equipamentos, o primeiro round foi desfavorável ao nosso pato. Caído, ele pensa nos parentes e amores, e o que poderia vir a ser deles se falhar, e se ergue, passando a enfrentá-los com inteligência e usando os recursos do parque de diversões. Nosso herói vence, mas ao chegar ao compromisso constata que a Margarida, pela enésima vez, o substituiu pelo Gastão. E, apesar de sua vontade de revelar tudo à amada, Donald pensa que alguns precisam fazer sacrifícios por outros, mesmo ao custo da solidão.

E que é para isso que existem heróis.

Adeus, o último conto, começa com Donald tendo problemas com os equipamentos que fazem do 313 o 313-X. Um não se convence e quer fornecer um veículo melhor para nosso herói, mas o pato insiste em reparar o amigo de quatro rodas. Cansado, vai dormir e a I.A. comenta que talvez o sono traga bons conselhos. E Donald tem mesmo um “sonho” estranho, em que o 313 mostra a vida dos dois, mas também que está cansado. Na manhã seguinte o pato concorda com Um, que se encarrega de reformar o velho carro, deixando-o pronto para uso comum. O 313 e Um, então, “conversam” antes de a I.A. remover os equipamentos que criaram o “sonho”, e finalmente diz que não entende a afeição por uma máquina, mas sim aquela por um pato.


Finalmente, depois da longa conversa, Donald decide continuar a ser o Superpato e manter a parceria com Um, pois alguém tem que salvar o mundo!

Um excelente especial, pena que das histórias somente Pardal chegou até nós.

PKNA 21 Tyrannic


Trama publicada originalmente em 20 de agosto de 1998. Em língua portuguesa saiu em Portugal na magnífica Disney Especial 35 da editora Goody, em 2017, que trazia as histórias seguintes da série, PKNA 22, 23 e 24, das quais trataremos nas próximas partes.

Também podemos mencionar a belíssima divulgação da publicação mais recente desta trama, em PK Giant 24.


A história começa em Quacktico, quartel-general do PBI, quando o capitão Nimrod está colocando a tenente Mary Ann Flagstarr a par do desaparecimento de uma missão submarina da instituição.

Mary Ann chamou o Superpato, já que ele é considerado por seus superiores peça fundamental na resolução da questão. O herói chega, e Nimrod o informa que, dos seis dispositivos construídos pelo professor Morgan Fairfax dentro do Projeto Pangea (falamos dele na parte 4, dentro da história Terremoto, número 4 de Novas Aventuras), somente restaram quatro. As pistas obtidas pelo PBI apontam para a Belgrávia, um estado militarista cujo objetivo é lucrar com o caos internacional.

O PBI ainda acredita na existência de um submarino secreto da Belgrávia, chamado Titânia, o qual foi localizado por seus satélites em Frostville, base do país no Ártico. Porém, nenhum navio da frota norte-americana conseguiu encontrar o Titânia, e para isso Nimrod e Flagstarr gostariam que o Superpato utilizasse os serviços de sua inteligência artificial. Apesar dos protestos do pato (“eles não me queriam, queriam você”, diz para Um), nossa I.A. preferida descobre que Titania não existe. Ele é produto da interferência deliberada de um satélite da Belgrávia, de nome Storm, sobre o satélite do PBI.


E Um ainda fez mais. Desde Terremoto ele possui o código de acionamento dos intensificadores de Fairfax, portanto acionou os dois que foram perdidos, e um deles respondeu. A I.A. o localizou em movimento no oceano, rumando diretamente para Steel Island, a prisão onde Morgan Fairfax é mantido. Está, obviamente, em um submarino cuja existência a Belgrávia fez tudo para acobertar.

Nosso herói se apressa, mas sem sucesso. O verdadeiro submarino, Tyrannic, ataca a prisão e leva Fairfax. O cientista é então apresentado ao comandante da embarcação, capitão Bernard Blasto, e a pessoa que dá as ordens, Oberon de Spair, agente do caos e serviçal da República da Belgrávia. Oberon explica como seu país luta contra a paz e o entendimento internacional, prosperando em meio ao caos, Fairfax resiste a princípio, mas decide colaborar com eles quando lhe dizem que pretendem retomar o Projeto Pangea. O Tyrannic segue para Frostville.

O PBI analisa a situação, e só existe uma maneira de lidar com a crise. Portanto, o Superpato também ruma para o polo norte, invadindo a base da Belgrávia, mas é capturado pela guarnição e trancado na mesma cela onde está a tripulação do PBI. Mas nosso herói é cheio de recursos, e o controle remoto do X-transformer traz o escudo de volta. Eles escapam e encontram o arsenal da base, incluindo um gás tóxico. Graças a Um é criado um alarme falso do escapamento deste último, e a base é evacuada.


Depois de tomarem o controle da base o Superpato segue o submarino e consegue subir a bordo. Confronta Fairfax e Oberon, e o agente do caos aciona um comando que deixa o Tyrannic e suas armas sob controle de Storm. O satélite irá, no momento apropriado, não somente disparar mísseis, mas também ativar todos os intensificadores magnéticos de Fairfax. Enquanto o Superpato prossegue na luta, Um se encarrega de deter a máquina da Belgrávia, destruindo Storm com uma colisão contra o satélite do PBI. Isso faz o Tyrannic ficar fora de controle, e a tripulação começa a abandoná-lo.

De Spair e Fairfax, entretanto, permanecem a bordo, dispostos a tudo para salvar o submarino e o intensificador magnético. O Superpato os confronta, mas em um momento de descuido o agente da Belgrávia o acerta por trás. De forma surpreendente, porém, coloca o herói na cápsula de fuga do submarino, pois é o melhor inimigo que seu país poderia querer.

Sim, achei meio fraco, nosso herói enfrenta tantos perigos alienígenas e cronoespaciais, e um reles bandido de uma nação pária o coloca sem ação? Enfim...


De todo modo, ninguém mais teve notícias deles, mas nosso herói comenta com Nimrod e Flagstarr que é possível que Oberon e Fairfax tornem a aparecer. E ele e Um recebem presentes do PBI, bem merecidos!

O Speciale 98 trouxe uma série de histórias curtas explorando variadas facetas do Superpato, do humor ao drama, seus relacionamentos e medos, mas sempre reforçando o que faz de Donald nosso maior herói. Tyrannic acrescenta muito como trama de conspiração, e vale lembrar que a Belgrávia (por vezes também chamada de Brutópia) é adversária constante também nas aventuras de Donald Duplo, o espião internacional que é outro alter-ego heroico de nosso querido pato.

Semana que vem tem mais.

Até a próxima!

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